O grupo Pão de Açúcar fez mudanças na forma como divide as suas unidades de negócio. O objetivo é redesenhar o modelo de maneira a tornar a companhia mais ágil na tomada de decisões.
Conforme a rede informou os analistas em setembro, a empresa passou a dividir as diretorias em seis áreas: varejo de alimentos, "atacarejo" (responsável pela rede Assaí, atacado que também vende para o consumidor), eletroeletrônicos, negócios especializados, comércio na web e FIC (financeira criada da parceria com o Itaú).
A principal alteração acontece com a criação da unidade batizada de negócios especializados. Nela, estão as operação das drogarias, postos de combustível e real state (área imobiliária) e será comandada pelo executivo Caio Mattar, que já está na empresa há 18 anos. Com isso, a operação de combustíveis passa a ter uma equipe de executivos para comandar o projeto de crescimento, algo que não existia antes, como explicou ontem Hugo Bethlem, vice-presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar.
Além disso, a área de "atacarejo" deixa de pertencer à unidade de varejo de alimentos e passa a "andar sozinha", diz o executivo.
O grupo varejista informou ontem que as vendas líquidas da empresa cresceram 16,9% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, somando R$ 7,1 bilhões. As vendas brutas avançaram 15,9%, para R$ 7,9 bilhões, de acordo com um relatório preliminar divulgado pela companhia. Os números levam em conta também as vendas do Ponto Frio (Globex), adquirido no ano passado.
Pelo critério "mesmas lojas", que considera só as lojas abertas há pelo menos um ano, as vendas brutas subiram 12,5% no trimestre e tiveram expansão real de 7,6%. As vendas líquidas, por sua vez, cresceram 13,1%.
Veículo: Valor Econômico