Criada em 1991 para representar os cafés especiais produzidos no Brasil após o fim do Instituto Brasileiro do Café (IBC), a Associação brasileira de Cafés Especiais (BSCA) pode ter sua abrangência reduzida. Isso porque, associações regionais de produtores querem mais autonomia para divulgar e promover seus cafés especiais, valorizando as regiões em que são produzidos.
"Ninguém nega a importância que a BSCA teve, mas os tempos mudaram e a entidade já não consegue mais ter uma abrangência nacional", afirma Gabriel Afonso Mei Alves de Oliveira, da Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC). Segundo ele, a região da alta mogiana, no interior paulista, está pleiteando o registro de identificação geográfica junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A expectativa é que p selo saia no início de 2011.
A BSCA reconhece que, de fato, não representa nenhuma região específica. "O Brasil é um país de muitos sabores e é legítimo que as regiões defendam seus cafés, mas alguém tem que segurar o cabo desse guarda-chuva", afirma Tulio Teixeira, presidente da BSCA, ao lembrar que a entidade tem associados de todas as regiões produtoras. Ele lembra que os recursos obtidos juntos à Apex são públicos e todas as associações regionais podem utilizar, participando das feiras onde a BSCA está presente.
Veículo: Valor Econômico