O lucro líquido da americana Colgate-Palmolive aumentou 4,9% no terceiro trimestre, não obstante as flutuações cambiais terem reduzido a sua receita. A companhia gera quase dois terços das suas vendas fora dos Estados Unidos, portanto está especialmente exposta a mudanças na taxa de câmbio.
Ao anunciar seus resultados ontem, a companhia também assumiu uma visão cautelosa sobre os resultados do próximo ano, dizendo que elevará suas despesas com marketing para impulsionar as vendas.
Reduções de preços e promoções, semelhantes às que muitas outras fabricantes de bens de consumo adotaram para reter clientes, também corroeram a receita da Colgate. O executivo-chefe Ian Cook disse que o lucro da companhia aumentou porque ela cortou custos, mesmo tendo investido mais ao redor do mundo. "Esperamos que esse progresso se mantenha, o que é promissor para que a margem de lucro bruto aumente bem no ano", disse Cook, em comunicado à imprensa.
O lucro foi US$ 619 milhões, ou US$ 1,21 por ação, no trimestre encerrado em 30 de setembro, disse a companhia de Nova York. O resultado representa um aumento ante os US$ 590 milhões, ou US$ 1,12 por ação, obtidos no mesmo período no ano passado. A receita caiu mais de 1%, indo a US$ 3,94 bilhões.
Para o ano, a companhia espera que o lucro por ação aumente em dois dígitos percentuais. Mas projeta uma alta em torno de 5% no próximo ano, quando tem planos de vender mais produtos e aumentar a sua participação de mercado, anunciando mais.
Numa economia mundial debilitada, as fabricantes de bens de consumo precisam equilibrar a manutenção das margens de lucro com o aumento do gasto publicitário e promoções para estimular vendas. Tentam manter os preços para o consumidor em nível baixo o suficiente para incentivar compras, mas não tão baixo a ponto de prejudicar os lucros.
A companhia está investindo em uma nova campanha da pasta de dente Colgate Total. A parcela da empresa nas vendas mundiais de creme dental está em 44,2% e foi liderada por ganhos de mercado no Brasil, Índia, China, Venezuela, França, Grécia e Reino Unido.
Veículo: Valor Econômico