Câmbio é ácido para toda a indústria brasileira, diz Klabin

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Maior produtora e recicladora de papéis do Brasil, a Klabin vê a situação cambial do País como uma questão que deve se arrastar pelo menos até o próximo ano. A valorização do real ante o dólar é um impedimento para ampliar as exportações ou, como definiu Reinoldo Poernbacher, diretor-geral da companhia, é um "câmbio ácido para toda a indústria brasileira".

 

A empresa, que exportou 128 mil toneladas no terceiro trimestre do ano, fechou os nove primeiros meses de 2010 com 421 mil toneladas comercializadas no mercado externo - principalmente para América Latina e Ásia -, o que representa um crescimento de 3% sobre o mesmo período do ano passado. Apenas no terceiro trimestre, as exportações da companhia somaram R$ 204 milhões, aumento de 30% sobre o mesmo período de 2009.

 

"Há uma forte pressão sobre a moeda, mas continuamos focados em crescer para atender as demandas dos clientes", afirma Poernbacher. "É difícil prever como o mercado vai se comportar, mas não se espera uma mudança cambial em 2011."

 

O enfraquecimento do mercado europeu, segundo informou a empresa, provocou mudança no mix de exportações. No acumulado do ano até setembro, o volume vendido na América Latina foi equivalente a 44% do volume total exportado, sendo que em 2009 essa participação era de 37%. A participação do mercado europeu nas exportações da empresa caiu de 30% para 17% no mesmo período. A Ásia representa o segundo maior mercado da companhia, com 28% do volume de vendas.

 

Investimentos

 

A empresa deve investir cerca de R$ 500 milhões no próximo ano e deve terminar o ano de 2010 tendo aportado R$ 350 milhões. Os investimentos serão direcionados à compra de novos equipamentos. Outros R$ 100 milhões devem ser investidos em florestas cultivadas no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo.

 

O resultado do terceiro trimestre do ano mostrou um aumento de 80% sobre o lucro líquido de 2009, com o consolidado de R$ 226 milhões. Nos nove meses do ano, a empresa acumulou lucro de R$ 335 milhões, frente aos R$ 391 milhões verificados em igual período de 2009. Em volume, as vendas foram de 1,3 milhão de toneladas.

 

Após o ajuste dos resultados para o novo padrão adotado pela Comissão de Valores mobiliários (CVM), o IFRS (International Financial Reporting Standards), o patrimônio líquido da empresa passou de R$ 2,5 bilhões para R$ 4,8 bilhões em 30 de setembro de 2010.

 

Veículo: DCI


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