Vilma aumentará mix de produtos em 2010

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Aportes serão feitos principalmente em itens de maior valor agregado, como a linha goumert.

 

A Vilma Alimentos, marca controlada pela Domingos Costa Indústrias Alimentícias S/A, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai continuar investindo em novas linhas de produção em 2011. De acordo com o vice-presidente de Vendas e Marketing da empresa, Cézar Tavares, o objetivo é aumentar o mix de produtos e diversificar o mercado, principalmente no que se refere a itens de maior valor agregado.

 

Apesar de não revelar valores, nem especificar os segmentos que receberão os aportes, Tavares adiantou que grande parte dos recursos será direcionada para a linha gourmet, recentemente lançada pela companhia. "Nossa equipe realiza, periodicamente, pesquisas de mercado e de produtos. E, nos últimos meses, identificamos uma oportunidade no segmento de restaurantes. Foi então que surgiu a ideia de lançarmos as massas especiais", disse.

 

Em outubro, a Vilma Alimentos concluiu as primeiras inversões na nova linha de produção, que somaram mais de R$ 2 milhões. Os recursos foram aplicados na aquisição do maquinário, que inclui secadores de massas, prensas e cortadoras, importados da Itália. Conforme o vice-presidente de Vendas e Marketing, a produção começou em pequena escala, visando a adaptação ao mercado. "Os investimentos em aumento da produção e lançamento de produtos acontecerão no próximo exercício", explicou.

 

A linha gourmet da marca conta com uma série de produtos diferenciados, voltados para a alta gastronomia. O mix incluiu massas como canellone, parafusone, conchiglioni e lasanha, utilizadas em pratos mais sofisticados e que atingem um público diferente daquele que a empresa atendia até então.

 

Com a nova linha, a Vilma Alimentos alcança mil itens em seu portfólio. As massas representam 33% do faturamento, seguidas pelas misturas prontas, com 24%, e refrescos, com 23%. Já a capacidade de produção de massas está hoje em 8 mil toneladas por mês. No total, são gerados 1,6 mil empregos diretos.

 

Outra aposta em 2011 será na infraestrutura. Segundo Tavares, ainda no primeiro semestre a companhia deverá concluir a implantação de uma unidade de silos no município de Cambé, no Paraná. Além disso, ficará pronta a terceira unidade de moagem de Contagem, que está sendo construída mediante investimento de R$ 1,5 milhão.

 

"Realizamos a compra dos equipamentos em outubro e as obras deverão começar até o fim deste mês", ressaltou. O objetivo é atender não só a demanda da linha gourmet, mas todo o aumento na produção de massas, que inclui ainda a ampliação do parque de máquinas e promoções de marketing. Juntas estas ações estão consumindo R$ 55 milhões. Cerca de 25% desses recursos vieram do próprio caixa da empresa e o restante foi obtido através de financiamentos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

 

Faturamento - Diante disso, Tavares prevê um aumento de pelo menos 10% nos negócios da empresa no próximo exercício em relação a 2010. Segundo ele, o otimismo se deve à expectativa da continuidade do crescimento da economia. Conforme já publicado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, a previsão é que a empresa encerre 2010 com faturamento de R$ 435 milhões, o que representa aumento de 7% em relação ao desempenho registrado no ano passado.

 

Com isso, a estimativa é de que o lucro líqüido da Vilma Alimentos neste exercício volte aos patamares de 2008, quando foi registrado lucro de R$ 25,282 milhões. Já em 2009 a indústria registrou resultado de R$ 10,707 milhões, o que correspondeu a uma retração superior a 50% em relação ao exercício anterior.

 

Minas Gerais continua sendo o principal mercado consumidor da empresa, respondendo por 75% da produção. Em seguida aparece o Nordeste, com 7%. O restante é pulverizado pelo restante do país.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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