Data mais aguardada pelo comércio, o Natal deste ano promete um incremento de nada menos que dois dígitos nas vendas. A explicação é fácil: com mais dinheiro no bolso, fruto do aumento do emprego e da renda, combinado ao crédito farto, a estimativa é que as vendas possam subir até 15% em comparação com o esmo período de 2009.
A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) aposta em um crescimento de 12% nas vendas em centros de compras ante o mesmo período de 2009. A demanda maior faz com que o setor varejista aumente também as contratações em aproximadamente 130 mil trabalhadores temporários. O valor médio dos presentes deve variar entre R$ 80 e R$ 110.
Só nos shopping centers, as vendas devem saltar 15% em comparação ao mesmo período de 2009. Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) aponta que entre os presentes favoritos estão artigos de vestuário, produtos eletrônicos, aparelhos celulares, perfumaria e artigos do lar. A associação estima ainda a abertura de 175 mil vagas temporárias de emprego. Os trabalhos incluem atividades de estoquistas, vendedores e equipe interna.
Famílias - Já a intenção de consumo das famílias brasileiras registrou novo recorde em novembro, ao atingir 139,1 pontos, com aumento de 1,7% ante outubro, segundo mostra a Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Segundo o documento de divulgação da pesquisa, é a sétima alta consecutiva do índice em 2010.
A CNC divulgou também a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de novembro, que mostrou um aumento no nível de endividamento. Os economistas da instituição observam no documento de divulgação da pesquisa que "a crescente confiança do consumidor e a sua disposição para as compras se refletiu no aumento do número de famílias endividadas, que cresceu de 58,6% em outubro para 59,8% em novembro".
De acordo com a pesquisa, o percentual das famílias com dívidas ou contas em atraso também registrou alta, de 23,4% em outubro para 24,8% em novembro. Por outro lado, o número de famílias que dizem não ter condições de honrar suas dívidas apresentou queda de 0,5 ponto percentual de um mês para o outro, chegando a 9% em novembro. "O resultado mostra que as mesmas condições favoráveis de renda e crédito, além de facilidades de aquisição, alongamento de prazos e queda dos juros praticados evitam uma escalada da inadimplência no médio prazo", dizem os economistas da CNC no documento. (AG/AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG