Latas de aço devem ganhar nova fábrica e enfrentar alumínio

Leia em 2min 10s

O mercado de latas metálicas para bebidas, amplamente ocupado por fabricantes que usam o alumínio como matéria-prima, deve sentir a chegada do aço como insumo nos próximos anos. Com o peso da CSN por trás de seus negócios, a Companhia Metalic Nordeste, sediada no Estado do Ceará, aposta nas latas de aço para o mercado de bebidas, que devem render neste ano um faturamento de R$ 200 milhões, um crescimento de 10% sobre 2009.

 

A crise financeira tardou, mas não aplacou os projetos da Metalic de ampliar o mercado que já foi de 51% na Região Nordeste - e hoje caiu para 34% -, com grandes chances de atingir também o mercado da Região Sudeste. "O sudeste é um mercado que, em números absolutos, é muito interessante para a Metalic", afirma Fábio Araújo, diretor Comercial da empresa. "Apenas em termos de crescimento percentual não é um mercado tão expressivo."

 

A companhia está em fase de finalização do planejamento de uma nova fábrica, que será essencial para o crescimento, uma vez que desde 2009 a empresa opera no limite de sua capacidade. A dúvida que resta, segundo Araújo, é a respeito da viabilidade de se tentar um novo mercado, como o sudeste, ou se firmar no mercado nordestino, onde a empresa atua há 13 anos e produz cerca de 900 milhões de latas anualmente.

 

O mercado do nordeste como um todo, segundo Araújo, deve crescer cerca de 20%. "O crescimento do mercado se deve principalmente às importações", explica.

 

A nova fábrica deve entrar em operação em meados de 2012. A Metalic é a única fábrica do produto no Brasil.

 

Setor

 

O mercado de latas de aço é apontado como um dos destaques do próximo ano, segundo a Associação Brasileira da embalagem de Aço (Abeaço). As embalagens de aço para o mercado de alimentos vivem um momento delicado contra as embalagens de plástico.

 

O argumento mais poderoso da indústria do metal é a possibilidade de reciclagem total do material metálico.

 

"Num futuro próximo o mercado brasileiro vai se igualar ao mercado europeu, que é mais maduro, no uso de embalagens metálicas e de vidro para alimentos", afirma Thais Fagury, gerente executiva da Abeaço. "O pós-consumo do plástico é mais complicado, porque este material não é 100% reciclável."

 

Para as latas de bebida o inimigo ainda é o alumínio, que tem a vantagem de ser mais valorizado que o aço na venda como sucata.

 

Veículo: DCI


Veja também

International Paper quer entrar no mercado de embalagens

A International Paper (IP), maior fabricante global de papéis e embalagens, pretende entrar no segmento de embala...

Veja mais
Panelas

O real supervalorizado, ou o dólar desvalorizado, como se queira, está fazendo muito mal para a economia b...

Veja mais
Mussnich inaugura loja do Atacadão em Rio Grande em 2011

Pequenos comerciantes e mesmo consumidores finais da cidade de Rio Grande poderão contar com um novo espaç...

Veja mais
Natal amplia oportunidades

Faltando menos de um mês para o final do ano, empresas de todos os cantos do país abrem vagas temporá...

Veja mais
Planejamento estratégico é realidade na Vilma

No próximo dia 12, a Vilma Alimentos vai presentear Belo Horizonte, que completa 113 anos, com um "delicioso", as...

Veja mais
Empresas descumprem lei da entrega

Com um ano em funcionamento e há pouco mais de um mês do Natal, o Procon/SP se empenha para aumentar a fisc...

Veja mais
Projeto de 'megacooperativa' de lácteos sob ameaça

O projeto de criação da maior cooperativa de lácteos do país e da América Latina est&...

Veja mais
Suínos crescem 3,3% e produção de leite avança 5,6%, diz IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o crescimento no rebanho suíno e na prod...

Veja mais
Exportações e política do governo devem dar suporte aos preços do arroz

Terminado o plantio de arroz, a estimativa é de boa safra. Mesmo assim, os produtores brasileiros esperam bons pr...

Veja mais