A produção mundial de arroz na safra 2010/11 será maior do que se esperava, subindo para 452 milhões de toneladas, 3% mais do que na anterior. Apesar dessa oferta maior, os preços continuam aquecidos e estão 10% acima dos de novembro.
Essa maior oferta não seria grande empecilho para as exportações brasileiras, já que o aumento de produção praticamente ocorre na China -país que demanda grande volume do cereal.
O problema brasileiro é o câmbio. Mesmo com a elevação dos preços externos, o país perde competitividade nas exportações devido à valorização do real em relação ao dólar.
O arroz de boa qualidade da Tailândia, país líder no comércio mundial do cereal, está a US$ 554 por tonelada, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Além da China, o Vietnã também deverá produzir mais do que se previa.
A safra do país chegará a 24,82 milhões de toneladas, segundo o Usda.
Do outro lado estão Egito e Paquistão, países que terão quebra de produção em 2010/11. No caso do Egito, a quebra será de 312 mil toneladas porque o clima seco provocou redução de área.
Já o Paquistão produzirá apenas 5 milhões de toneladas -100 mil menos do que o previsto no mês passado.
Essa produção menor se deve às fortes enchentes nas áreas de plantio.
Apesar dessa elevada produção, o arroz é uma das commodities com um dos menores volumes de negociações internacionais: apenas 30 milhões de toneladas por ano. As exportações brasileiras devem somar 600 mil toneladas nesta safra e as importações, 1 milhão.
Veículo: Folha de S.Paulo