Próximo passo do Carrefour é fechar um pré-contrato exclusivo

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A perspectiva do varejo é que em cerca de 90 dias saia o nome do novo "parceiro" do Carrefour, que deverá assumir participação de 49% da financeira Cetelem -sua área financeira no Brasil. A rede terá de escolher uma das três ofertas de compra feitas pelos bancos Itaú, Santander e Bradesco. Depois deve ser fechado um pré-contrato de intenção de compra e fidelidade exclusivo entre as partes, e a partir disso devem opeerar definitivamente a aquisição.

 

Segundo o sócio do escritório Demarest e Almeida Advogados, Mario Nogueira, o prazo médio é de 90 dias. "Na última etapa o objetivo é que o interessado conheça mais a fundo a empresa que deseja adquirir", explica, lembrando que a Cetelem já adquiriu a marca Aurea e é uma das fortes bandeiras na área de crédito do setor. Especialistas estimam que o valor do negócio possa chegar R$ 500 milhões - levando em consideração acordos similares.

 

No ramo varejista, o sistema financeiro é afoito. Tanto que o Bradesco já comprou o Banco Ibi, que pertencia à C&A, uma das maiores empresas de vestuário do mercado brasileiro, e é sócio de outras redes, como a de eletrodomésticos Lojas Colombo, do Rio Grande do Sul. A aquisição por parte do Bradesco ajudaria o banco a reduzir a vantagem do Itaú Unibanco no segmento de crédito ao consumo.

 

O Itaú Unibanco já é sócio do Grupo Pão de Açúcar, a maior varejista brasileira e a controladora da bandeira Extra e das redes eletrodomésticos Ponto Frio e Casas Bahia. O banco ainda é parceiro do Walmart, terceira no ranking nacional de supermercados, e também é sócio do Magazine Luiza na financeira da rede de eletrodomésticos.

 

Segundo informações relativas a 2009, o banco tinha mais de 10 milhões de cartões de crédito emitidos e o saldo da carteira de crédito superava os R$ 2 bilhões. Naquele ano, o lucro foi de R$ 118 milhões.

 

Parceria

 

A parceria entre Carrefour e Cetelem, controlada pelo francês BNP Paribas, começou em 1985 na França. No Brasil, o acordo só foi fechado em 1999, quando a financeira adquiriu 40% da administradora de cartões do Carrefour por R$ 38 milhões, em valores da época.

 

A venda de parte do banco do Carrefour ocorre em meio a uma espécie de crise financeira vivida pela segunda maior rede supermercadista do País, cujas operações de varejo no Brasil tiveram anúncio de rombo contábil de R$ 1,2 bilhão devido a questões com uma consultoria internacional. O buraco obrigou a matriz a trocar sua diretoria no Brasil. Procurados, Carrefour , Cetelem, Itaú, Banco do Brasil, Santander e Bradesco não quiseram se pronunciar sobre o assunto.

 


Veículo: DCI


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