A Haco Etiquetas, de Blumenau, a maior empresa do setor da América Latina, colocou grupo de 76 funcionários em férias coletivas por causa da crise, que já chega ao mercado de trabalho. Em tempos normais, a produção seria reforçada, em outubro, para atender à demanda crescente do setor têxtil e de vestuário para o Natal. Ontem, ao final da tarde, a diretoria da companhia fazia reunião de planejamento estratégico para 2009.
O presidente do Sindicato da Indústria Têxtil de Blumenau, Ulrich Kuhn, diz que “faccionistas e pequenos negócios que abastecem grupos têxteis maiores já estão com menos pedidos”. Segundo Kuhn, esse ambiente de incertezas terá reflexos coletivos. A grande incógnita é como vai se comportar o consumidor em novembro e em dezembro. O setor está em compasso de espera.
Menos exportações
As exportações têxteis vão diminuir no próximo ano. Na fala de Ulrich Kuhn – sem querer ser pessimista – , “o dólar mais alto não compensará a queda de demanda, principalmente nos mercados americano e europeu”. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) fará reunião no dia 30. Nada indica que a avaliação seja diferente da de agora.
Veículo: A Notícia - SC