Ações de comunicação para a classe emergente são a meta de agências de marketing, como a Ponte Ativação, criada para cuidar de marcas que buscam melhorar a comunicação com a classe C, dona de rendimentos anuais de R$ 430 bilhões e renda de 3 a 10 salários mínimos. "Devemos contratar dez profissionais este ano para planejamento, criação e produção", diz o dirigente da empresa, André Torretta. Segundo ele, o consumidor popular continua desafiando o marketing e desperta a atenção de empresas como a operadora Claro, que apostou no evento "Favela Toma Conta", além do campeonato de futebol de várzea em Salvador (BA), feito para a Casas Bahia. "Em cinco anos, assim como na Europa e EUA, o brasileiro médio será o grande mercado consumidor do País", prevê.
Na Mídia em Foco, as ações voltadas a esse público já são 37% dos negócios e André Bronstein, diretor, diz que a empresa era tradicionalmente focada em ações aos públicos A e B, mas embarcou na onda de entusiasmo da classe C, e conquistou clientes como a rede Marisa e O Boticário. Para Nelson Barrizzelli, professor de Perfil Consumidor da Universidade São Paulo (USP), há um aumento no estudo para entender o comportamento da classe C, "mas esse cliente espera o momento de se reconhecer nos produtos que consome". No varejo, ontem a rede de franquias Frans Café anunciou a criação de uma bandeira focada nesse público.
Veículo: DCI