Nova geração quer mais oportunidades de carreira

Leia em 2min

Enquanto as empresas tentam reter seus funcionários apenas com aumentos salariais, o que os profissionais querem são oportunidades e perspectivas concretas de crescimento profissional. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada pela consultoria DBM com 770 executivos brasileiros de média e alta gerência. O descompasso entre as estratégias de retenção aplicadas pelas organizações e as reais aspirações dos colaboradores é uma das explicações para o fato de 45% dos participantes terem dito que têm planos de mudar de emprego no prazo de até três anos.

 

"As empresas oferecem soluções superficiais de retenção, como remuneração mais alta e cargos melhores, sem investigar se estão indo na direção certa", afirma Cláudio Garcia, presidente da DBM para o Brasil e América Latina. Para ele, em um mercado aquecido, que exige soluções rápidas, muitas companhias não se dão ao trabalho de checar se as perspectivas dos profissionais estão alinhadas às suas estratégias internas.

 

A pesquisa mostra que, quanto mais jovens os profissionais, maior será o peso da falta de desafios na hora de decidir deixar uma companhia. Mais de 80% dos profissionais de 21 a 27 anos apontaram esse como o principal motivo que os faria mudar de emprego. Esse índice diminui sensivelmente em outras faixas etárias, chegando a apenas 10% entre os profissionais com mais de 63 anos.

 

O levantamento revela também que 63% desses jovens planejam trocar de empresa em até três anos, o maior índice registrado dentre todos os profissionais ouvidos. "Quanto mais novos os executivos, menos eles querem ficar. Além de serem mais flexíveis, eles estão habituados a um mundo que oferece mais opções de trabalho", afirma.

 

Na opinião de Garcia, a ascensão desses profissionais para níveis mais altos das empresas e sua predominância no mercado há alguns anos já estão começando a gerar uma nova realidade nas empresas. O turnover alto, para ele, não deve ser combatido e sim incorporado às estratégias organizacionais. De acordo com o levantamento, quase 90% dos executivos já percebem uma diminuição gradativa no tempo médio de permanência dos profissionais nas companhias. Esse é um processo que, segundo ele, tende a se aprofundar. "As companhias querem reduzir o turnover a qualquer custo, mas reter essas pessoas pode ser uma tarefa impossível. É importante considerar que ele existe e faz parte do negócio".

 


Veículo: Valor Econômico


Veja também

Cartão de crédito de loja vira armadilha

Os proprietários dos 225 mil cartões de crédito emitidos por lojas podem não ter lido direit...

Veja mais
Supermercados puxaram alta no país

A alta de 10,9% no volume de vendas do comércio varejista em 2010 foi impulsionada pelas vendas em hipermercados,...

Veja mais
Latas da Crown em Belém

Acaba de ser definido: a nova fábrica de latas de alumínio da Crown Embalagens será montada no muni...

Veja mais
Abacate vira ''avocado'' e é exportado

Cerca de 3 mil toneladas da variedade de casca dura e polpa com maior teor de óleo são enviadas anualmente...

Veja mais
Café: oferta e estoque reduzidos sustentam preço

Bienalidade da cultura deve diminuir safra brasileira; outros países exportadores tiveram problemas climát...

Veja mais
Governo aprimora o cálculo do frete agrícola

Desde ontem o agricultor já pode contar com uma nova forma de calcular o valor do frete, tendo em vista o amparo ...

Veja mais
Vendas do varejo sobem 10,9% em 2010, aponta IBGE

A alta de 10,9% no volume de vendas do comércio varejista em 2010 foi impulsionada pelas vendas em hipermercados,...

Veja mais
Agências crescem com ações de mídia à classe C

Ações de comunicação para a classe emergente são a meta de agências de marketin...

Veja mais
Bauducco espera crescer 12% em vendas na Páscoa

A Pandurata, responsável pelas marcas Bauducco, Visconti e Hershey’s, contratou mil trabalhadores tempor&aa...

Veja mais