Com alta no preço do feijão-fradinho, acarajé fica 80% mais caro na Bahia

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Quem pretende saborear o mais tradicional quitute da Bahia vai ter que gastar mais. O preço do acarajé disparou com a alta de seu principal ingrediente, o feijão-fradinho, que subiu 63%.

 

Em Salvador, o preço médio passou de R$ 2,50 para R$ 4,50 (alta de 80%) em um ano, segundo informações da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares da Bahia.
"A sorte é que o pessoal reclama do preço na primeira vez, mas não deixa de comprar. Na praia, o preço chegou a R$ 5,50", disse a presidente, Rita dos Santos.

 

Para a turista Luciana Galvão, 30, o preço mais alto não a impediu de experimentar o quitute no Acarajé da Cira, um dos pontos mais tradicionais da capital baiana.
"Eu não deixaria de comer. Estou visitando Salvador pela primeira vez", diz.
A alta do feijão-fradinho foi a maior registrada no IPCA (índice oficial de inflação), calculado pelo IBGE. Nos últimos 12 meses, o índice teve alta de 6%.

 

Entre os preços dos principais ingredientes do acarajé, só o da cebola caiu (35%) -o do camarão subiu 17%. Usado para fritar o quitute, o preço do azeite de dendê não é acompanhado pelo IBGE.

 

Apesar da alta dos preços e do aumento da concorrência no setor, os tabuleiros das baianas se espalharam pelo país nos últimos anos.
Atualmente, estão em 17 Estados, o triplo do registrado há cinco anos. Sem falar da presença em outros países, como Portugal.

 

A associação do setor estima que sejam quase 3.000 baianas de acarajé em Salvador e região metropolitana, mas o número exato será definido em um censo, financiado pelo governo federal.
Em 2004, elas e o bolinho de acarajé foram tombados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio cultural brasileiro.

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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