A Klabin está otimista com o desempenho do mercado interno e com a perspectiva de crescimento da economia em cerca de 5%. Se essa previsão se confirmar a empresa, que entre outros produtos fabrica papelão e papel cartão para embalagens, deverá ver a expansão de suas vendas este ano. A empresa espera crescer 7,5% em todos os papéis e 7% em cartões. Para suportar esse crescimento, a Klabin elevou em 32% seus investimentos para 2011, que passaram de R$ 386 milhões para R$ 510 milhões.
"Hoje estamos limitados à capacidade de produção das fábricas, mas queremos aumentar a produção de papelão ondulado e sacos", disse Alfano em teleconferência com analistas de mercado. Uma das fábricas que terá a produção elevada é a de Lajes (SC) que nos planos da empresa poderá expandir a produção em até 10% a partir de julho.
Atualmente a Klabin possui capacidade instalada para fabricar 1,6 milhão de toneladas no negócio papéis ao ano.
De acordo com o diretor de Relações com Investidores da empresa, Sergio Alfano, esse valor será aplicado para aumentar a produção nas diversas fábricas da companhia, na instalação de novas caldeiras e no plantio de florestas novas com o objetivo de fornecer matéria prima para uma nova planta de produção de celulose próximo à unidade Monte Alegre (localizada em Telêmaco Borba, PR), que ainda não foi analisada pela empresa. Esse projeto, caso seja realizado, deverá entrar em operação em 2015.
Dentre os alvos do investimento, o executivo destacou a expansão da produção de sacos industriais, a aquisição de onduladeiras, a nova caldeira de biomassa na unidade de Correia Pinto (SC), uma linha de transmissão também em Monte Alegre que consumirá cerca de R$ 60 milhões.
Esses investimentos, em novas caldeiras e na linha de transmissão, indicam que os eletrointensivos veem que a geração própria de energia está no centro de atenções, como forma de tornar sua produção mais competitiva. A Usiminas detalhou esta semana que pretende ser autossuficiente na produção deste insumo até 2015 e reduzir os custos em cerca de R$ 350 milhões ao ano.
Veículo: DCI