Empresa instalará fábrica em Seropédica e criará 600 empregos diretos no estado.
A Procter & Gamble do Brasil vai abrir mais uma fábrica no Estado do Rio, onde já tem quatro indústrias. A nova unidade fabril será em Seropédica, na Baixada Fluminense, e vai gerar cerca de 200 empregos em um dos municípios mais pobres do estado. Para oficializar a iniciativa, que conta com o apoio do Governo do Estado, os secretários de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, e de Fazenda, Renato Villela, e o presidente da Procter & Gamble, Tarek Farahat, assinaram um protocolo de intenções, nesta sexta-feira, no Palácio Guanabara. A nova fábrica representará um investimento de R$ 115 milhões.
A multinacional ainda vai ampliar as instalações das unidades de Itatiaia, na Região do Médio Paraíba, e de Queimados, na Baixada Fluminense – as outras indústrias do grupo no Estado ficam na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e em Duque de Caxias, na Baixada. Ao todo, os investimentos vão gerar 600 novos empregos diretos.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, a Procter & Gamble existe em vários países e vem crescendo muito no Estado do Rio.
– Os prefeitos das cidades beneficiadas estão muito satisfeitos pelo que essas iniciativas significam de desenvolvimento para seus municípios. Embora o investimento seja pequeno, o faturamento é muito alto. A instalação de uma fábrica do grupo movimenta a economia dessas cidades porque provoca a criação de outros empreendimentos no entorno – destacou Bueno.
As negociações para implantação da nova unidade envolveram incentivo tributário e o ICMS cobrado da P&G ficará entre 5% e 6%, dependendo do produto. Segundo o secretário estadual de Fazenda, Renato Villela, que também participou do anúncio, o incentivo tributário tem uma lógica fiscal, sendo concedido apenas com a condição de que os negócios atraídos tragam movimentação econômica e empregos, "de maneira que o saldo final, ao longo de dez ou 15 anos, seja aumento de receita".
- Queremos ter uma base econômica forte, que gere emprego, renda para a população, mas também gere recursos para que o Estado possa fazer suas políticas sociais, sua política de segurança. O protocolo com a Procter garante esse tipo de desenho. E traz obrigações do ponto de vista de investimentos sociais para a própria empresa, para dar um quadro mais completo de contribuição do grupo -afirmou Villela.
Ainda de acordo com a avaliação de Bueno, a P&G decidiu investir no Rio não apenas pelos incentivos concedidos, mas também pelo mercado interno e pela logística disponível. Com a nova fábrica em Seropédica, a estimativa é de que o faturamento da empresa no estado passe de R$ 1 bilhão para R$ 1,5 bilhão.
O grupo não anunciou o tipo de produtos que pretende fabricar na unidade em Seropédica. Segundo o secretário de Fazenda, a multinacional possui uma linha muito diversificada de produção de bens de consumo.
– O Estado do Rio casou muito bem com a estratégia global deles, porque o país está com um crescimento de renda fantástico e o Rio de Janeiro foi uma dos estados que mais bem soube aproveitar esta boa onda brasileira, foi o único estado que não sofreu com a crise internacional pelo menos do ponto de vista de sua arrecadação. Nossa economia continua dinâmica, o que casa bem com um conglomerado que é voltado especificamente para bens de consumo familiar – analisou Villela.
A P&G tem em seu portfólio marcas como Pampers, Ariel, Always, Pantene, Mach3, Oral-B, Duracell, Head & Shoulders, Wella, Gillette, Crest, Pringles e Iams e emprega 135 mil funcionários em 80 países. Com mais de 50 anos de operações na América Latina, a P&G começou a atuar no Brasil em 1988, com a aquisição da empresa Perfumarias Phebo S.A. Logo após a aquisição da Phebo, a empresa iniciou a introdução de suas marcas globais no mercado brasileiro. Líder em seu segmento na América Latina, a P&G do Brasil disputa com o México a liderança no continente americano.
Veículo: Revista Fator Brasil