O setor supermercadista em Minas Gerais deverá reduzir o ritmo de contratações de temporários este ano. A avaliação é do presidente da Amis, José Nogueira. Conforme ele, o cenário é atribuído à crise no sistema financeiro internacional.
Segundo Nogueira, o setor manterá uma estratégia de redução nas despesas em virtude da expectativa dos empresários em relação aos impactos da crise na economia brasileira. "Os supermercados adiantaram as férias dos funcionários para que no período todo o efetivo esteja trabalhando", afirmou.
Conforme Nogueira, as empresas já iniciaram as contratações para atender a demanda do período. O crescimento médio anual no volume de contratações de temporários é de 5% em Minas. "Este ano a geração vagas temporárias deverá ficar no mesmo patamar do ano passado ou poderá até mesmo ficar em uma base menor", informou o presidente da Amis. O setor em todo o Estado deverá gerar entre 5 mil a 6 mil empregos temporários este ano.
As contratações de temporários em todo o comércio varejista no Estado também deverão ser menores este ano. Conforme publicado anteriormente pelo DIÁRIO DO COMRCIO, o Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços em Recursos Humanos e Trabalho Temporário no Estado de Minas Gerais (Sinserht-MG) estima que o crescimento deverá ficar abaixo de 10% em 2008, em relação ao volume registrado no exercício passado.
Para este ano eram esperados a criação de 13 mil a 14 mil postos de trabalho temporários no comércio em Minas Gerais, volume que não deverá ser atingido em virtude do cenário econômico. Em 2007 foram criadas 10 mil vagas em todo o Estado. Estimativas da Fecomércio Minas aponta que somente em Belo Horizonte foram 7 mil postos de trabalho para as vendas relacionadas ao período natalino. (RT)
Veículo: Diário do Comércio - MG