Brasil deve ser segunda operação da Nivea em 2011

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Cosméticos: Meta do presidente para 2015 é dobrar as vendas

 

No ano em que a marca Nivea completa 100 anos - e está prestes a iniciar, a partir de maio, uma comemoração de peso - a empresa no Brasil será um destaque à parte. A subsidiária prepara-se para se tornar a segunda maior operação da companhia no mundo neste ano, perdendo apenas para a matriz na Alemanha. O grupo Beirsdorf AG, dono da Nivea, faturou € 6,2 bilhões no ano passado.

 

Os cálculos da operação brasileira foram revelados ontem ao Valor pelo presidente da empresa no país Nicolas Fischer, que não informou o faturamento no Brasil.

 

No último encontro de resultados, ao final de 2010, entre filiais e o comando da empresa em Hamburgo, Fischer voltou para o Brasil com uma meta de peso embaixo do braço. "O plano é voltar a dobrar a companhia no país nos próximos cinco anos, como já fizemos no período de 2006 a 2010", diz Fischer. Para isso, terá que registrar alta nas vendas de 15% em média de 2011 a 2015 - o mesmo índice médio verificado de 2006 a 2010.

 

O executivo diz que não há risco de a expansão forte causar gargalos. "Nossa fábrica no Brasil tem oito anos e foi criada já prevendo o crescimento", afirma. Há uma fábrica da Nivea no Brasil que produz protetor solar e desodorante, entre outros itens, e o país ainda é abastecido pelas unidades do México e do Chile. Em relação a novas fábricas no país, não há decisão tomada nesse sentido.

 

Na próxima semana haverá uma reunião em Buenos Aires entre o responsável por mercados emergentes do grupo, no cargo há 17 dias, o turco Ümit Subasi, e executivos da América Central e da América Latina para tratar de estratégias comerciais e de marketing. "A decisão sobre uma nova unidade no Brasil não virá agora. Neste momento, não estamos no limite", diz Fischer. "Uma outra fábrica é algo que precisa ser pensado em termos regionais, e analisado produto a produto para ver o que vale produzir mesmo e onde".

 

Na categoria de cuidados com a pele com a marca Nivea, o Brasil já havia se tornado, em 2010, a quarta maior operação em faturamento bruto no mundo, superando Reino Unido e Rússia.

 

Neste ano, a operação brasileira deve crescer mais rapidamente do que a média da Nivea global. O país deve superar, então, os resultados da França e da Itália, que ocupam a segunda e a terceira posições, respectivamente. Com isso, subirá para a vice-liderança em vendas com os produtos da marca. "Decidi fazer essa conta agora. Do jeito que crescemos, tinha a sensação de que tínhamos subido alguns degraus e de que subiríamos mais", conta o executivo.

 

Ao se incluir nesse cálculo outros negócios do grupo Beiersdorf AG (além da marca Nivea, há Eucerin, La Prairie, Labello, entre outras) a subsidiária brasileira ocupa a sexta colocação no mundo. Em 2010, a Nivea cresceu 13% no Brasil. Em termos reais, considerando-se a inflação, a taxa ainda fica nos dois dígitos. "Nossa inflação é baixa. Em 2011, não mexemos nos preços até agora", diz Fischer. O índice de 13% é muito acima do resto do mundo. Na área batizada de "consumer", que inclui os produtos Nivea, a expansão do grupo foi de magros 1,6% em 2010. Com o bom desempenho no Brasil, há um efeito "compensatório", disse meses atrás o presidente do conselho de administração, Thomas-B Quaas. Na busca por equilíbrio, o Brasil precisa manter o ritmo.

 


Veículo: Valor Econômico


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