Os remédios com preços controlados pelo Governo sofrerão reajustes de 3,54% a 6,01%, a partir de sexta-feira. Isso significa que ainda esta semana as farmácias já poderão adotar nova tabela de valores.
A dica para quem faz uso contínuo de algum tipo de medicamento é aproveitar esses dois dias para garantir o produto mais em conta. Esse é o maior percentual de reajuste autorizado desde 2006.
As empresas fabricantes de medicamentos ainda não divulgaram os novos valores. Sabese apenas que quanto maior for o número de genéricos no mercado, maior será a escala de aumento. O critério foi estabelecido pelo Governo, que definiu três faixas distintas de reajuste (3,54%, 4,77% e 6,01%) a variar conforme a oferta desses produtos no mercado.
A Dipirona, por exemplo, que tem vários genéricos, promete ficar no topo dessa escala (entre 4,77% a 6,01%). Já na outra ponta, os remédios que não têm genéricos, terão uma limitação bem mais rigorosa (de 3,54% a 4,77%).
O presidente do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum), Antônio Barbosa da Silva, questiona os limites fixados pelo Governo.
Amparado no fato de que 90% da matéria-prima para a produção dos remédios vem do exterior, e que o dólar está na casa de R$ 1,70, ele defende uma discussão melhor sobre o tema.
"O dólar já chegou a R$ 3,80 no passado. A gente vê a imprensa divulgando sempre a queda dos valores de produtos importados. Por que nunca ouvimos falar em redução dos preços para remédios?"
Veículo: A Tribuna de Santos - SP