Preços dos remédios vão subir

Leia em 2min 30s

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) – órgão que funciona junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – já autorizou reajuste de até 6,01% dos preços dos medicamentos. Os novos valores devem chegar às drogarias nos próximos meses, mas a indústria informa que nem todos os remédios terão aumento.

 

O reajuste médio será de 4,7%, conforme a média de faturamento da indústria com os mais de 24 mil medicamentos tabelados.

 

A alta é definida conforme a competição de mercado com os genéricos, ou seja, produtos com maior concorrência com os remédios de fórmula genérica terão um maior reajuste se comparados com aqueles que têm menor competição.

 

Na teoria, quanto maior a concorrência, maior será a pressão para que a alta seja menor do que a autorizada pela Cmed.  Com isso, os medicamentos classificados como de Nível 1 – que têm maior participação de genéricos no mercado (acima de 20% de faturamento do fabricante) – terão alta máxima, de 6,01%.

 

Os remédios de Nível 2 – que têm os genéricos na concorrência de mercado com 15% do faturamento ou acima disso – terão alta autorizada de 4,77%. Já os produtos de Nível 3 – quando os genéricos representam menos de 15%das vendas – podem ser reajustados em até 3,54%.

 

O reajuste dos remédios leva em consideração alguns fatores, como a inflação de março de 2010 a março de 2011, que foi de 6,01%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Também é calculado nessa correção da tabela de preços o ganho de produtividade da indústria, que ficou fixado em 2,47%.

 

Outros fatores que são analisados para que a Cmed faça a elevação de valores da tabela são o preço dos insumos para fabricação dos medicamentos.

 

Os novos preços não podem ultrapassar os tetos estabelecidos para o período, que vai até março de 2012. Caso haja infrações comprovadas de desrespeito à norma de correção de preço da Anvisa, a multa será de até R$ 3,2 milhões.
Os medicamentos homeopáticos, fitoterápicos e alguns de venda livre não são submetidos ao modelo de preços da agência.

 

Consumidor

 

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) informou, em nota, que o reajuste anual fixado pelo governo não acarreta aumentos automáticos nas farmácias e drogarias.

 

Segundo a entidade, esses aumentos devem ocorrer ao longo do ano e podem não ser repassados integralmente devido à concorrência do mercado nacional.

 

A dica do Sindusfarma é que o consumidor faça pesquisa de preço entre as drogarias. Uma pesquisa da Fundação Procon-SP mostra que a variação de preço de um estabelecimento para o outro pode ser de até 1.000%.
Outra dica é pedir para o médico a receita do genérico do medicamento indicado, que tem preço mais acessível.

 


Veículo: Jornal da Tarde - SP


Veja também

Coop ganha prêmio internacional com iniciativas estratégicas de gestão de clientes

Com consultoria da Peppers & Rogers Group, faturamento recebeu incremento de R$ 38 milhões   A Coop &n...

Veja mais
Marília: Supermercados esperam crescer 8%

Estabelecimentos da cidade faturaram R$ 321 milhões em 2010   A ampliação do poder de compra...

Veja mais
Supermercados estão no DNA bauruense

Clientes adoram passear pelos corredores dos estabelecimentos e contam como é o dia a dia para fazer as compras d...

Veja mais
Remédios com preço controlado sobem sexta

Os remédios com preços controlados pelo Governo sofrerão reajustes de 3,54% a 6,01%, a partir de se...

Veja mais
Comprar diretamente do produtor é uma das opções de economia

Que os alimentos orgânicos são mais saudáveis, não há nenhuma dúvida, pois n&at...

Veja mais
Novo Picolé Bianco une o sabor marcante das frutas vermelhas com a suavidade do chocolate branco

A novidade da Sorvetes Jundiá chega para refrescar a Páscoa e promete ser mais um sucesso de vendas. &nbs...

Veja mais
Gomes da Costa lança Atum Claro em azeite Carbonell

A Gomes da Costa, líder nacional em vendas de pescados enlatados, coloca mais uma novidade no mercado: o Atum Cla...

Veja mais
Garibaldi recebe volume recorde de 16,2 milhões de quilos de uva nesta safra

Crescimento em relação à safra anterior somou 32% na colheita realizada junto a 347 associados da c...

Veja mais
Fetcemg critica a falta de balanças

O excesso de cargas em alguns caminhões provoca a redução da vida útil das estradas mineiras...

Veja mais