Natucentro intensifica vendas para Ásia Empresa, que comercializa própolis e mel, se reestrutura para atender crescimento da demanda externa.
Focada principalmente nos mercados externos, a Natucentro, sediada em Bambuí, na região Centro-Oeste do Estado, planeja se reestruturar para atender ao crescimento da demanda dos países asiáticos. Atualmente exportando 40% da produção para o Japão, a companhia que comercializa própolis bruta, extratos de própolis e mel pretende aumentar a fabricação para suprir a demanda sul-coreana.
O diretor-presidente da empresa, Cézar Ramos Júnior, disse que a aproximação com mais essa nação asiática irá exigir novos investimentos. Ele contabiliza que a atual produção de três toneladas de própolis/mês precisará crescer em pelo menos 50%. Para isso, Ramos Júnior planeja uma expansão da unidade fabril que atualmente ocupa área de 1,5 mil metros quadrados. O valor necessário para as mudanças não foi revelado.
Hoje, somente 15% do que é produzido pela Natucentro em própolis in natura e 30 subprodutos têm como destino o abastecimento do mercado interno. Mas o executivo acredita no incremento do índice. Conforme ele, por ser um alimento com propriedades terapêuticas, o própolis tem cada vez mais espaço no dia a dia do consumidor.
O restante da produção da companhia é vendido para 17 países de todos os continentes, com exceção da Oceania.
Apesar da boa relação com os compradores estrangeiros, Ramos Júnior citou o esforço da empresa para manter a meta de crescimento, estipulada em 40% neste ano. Com a valorização excessiva do real frente ao dólar, algumas exportações, como a do mel, foram afetadas.
De acordo com o empresário, no passado a empresa já chegou a comercializar 100 toneladas de mel/mês com outros países, montante que despencou com a valorização da moeda brasileira. "Hoje praticamente não vendemos mais mel para o exterior. Porém, o caso do própolis é diferente porque é um produto com maior valor agregado", comparou.
A associação com a Coreia do Sul também deu novo fôlego à Natucentro. Enquanto o Japão, maior cliente da empresa, consome apenas o própolis bruto, os sul-coreanos têm interesse nos produtos acabados.
Veículo: Diário do Comércio - MG