Raiz já está no ponto em Paranapanema, mas cotação da fécula ainda não anima agricultor a iniciar a colheita
Março começou chuvoso no Estado e, na última semana do mês, as chuvas ocorreram de forma irregular e mal distribuída, por causa da passagem de uma frente fria associada ao calor e à umidade da região central do País. Os maiores volumes foram registrados em Campinas (83 milímetros) e São Carlos (72 milímetros).
No fim da semana, uma frente fria trouxe chuvas para a maioria das localidades analisadas. As temperaturas ficaram elevadas, com máximas oscilando entre 27 e 32 graus e mínimas acima dos 19 graus, com a evapotranspiração diária oscilando entre 3,2 e 3,8 milímetros por dia. O solo continua com excedente hídrico em Campinas, Franca, Iguape, Ribeirão Preto, São Carlos e São José do Rio Pardo. Com o outono, a tendência para os próximos meses é de redução das chuvas e das temperaturas.
Feijão. Com a umidade do solo adequada, os produtores de feijão de Taquarituba, Itapeva e Capão Bonito aproveitaram para prosseguir com o plantio da segunda safra e fazer o tratamento fitossanitário e a adubação nitrogenada das lavouras.
No sul do Estado, as chuvas favoreceram o desenvolvimento das lavouras de trigo. A mandioca já está pronta para a colheita em regiões como Paranapanema, entretanto os produtores aguardam por melhores preços da fécula para acelerar a colheita. Apesar das chuvas intensas do início de março e do solo encharcado, a produtividade deve ser alta.
Em Ribeirão Preto, as chuvas e temperaturas vêm favorecendo as lavouras de amendoim em fase final de enchimento de grãos e maturação, mas para quem está colhendo agora a umidade excessiva reduz a qualidade, provocando o apodrecimento dos grãos na lavoura.
Chuvas e temperaturas adequadas para o desenvolvimento e maturação dos laranjais de Araraquara, Limeira e São José do Rio Preto. A colheita da variedade precoce, cujo pico é em maio, já começou e os preços ainda se mantêm elevados.
A chuva intensa não interrompeu a colheita do caqui em Piedade e Mogi das Cruzes, da uva em Jundiaí e Louveira, do milho em Itaberá e Avaré, da soja em Campinas e Ituverava e do tomate em Ribeirão Branco. As condições de tempo também favoreceram o tratamento fitossanitário dos cafezais em Garça e São José do Rio Pardo.
Trigo
Em 2010, São Paulo cultivou 53,4 mil ha do cereal e colheu 2,5 milhões de sacas de 60 kg.
Veículo: O Estado de S. Paulo