Gaúcho vai mais ao supermercado

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Maior poder aquisitivo e fim da memória inflacionária mudam comportamento diante das prateleiras, mostra pesquisa da Agas

Atrás de comodidade e de itens de consumo do dia a dia nas proximidades de casa, o gaúcho está indo mais vezes ao supermercado. Com o aumento na frequência, caiu o valor médio das compras, chamado de tíquete médio, e cresceu a opção pelo pagamento à vista.

 

A pesquisa da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) mostra que, em 2010, o consumidor no Estado fez em média seis visitas por mês às lojas para comprar mantimentos, ante 5,4 no ano anterior. O comportamento indica o desaparecimento, aos poucos, da memória inflacionária, interpreta a diretora do Instituto Segmento de Pesquisas, Nadia Freire.

 

– Isso mostra que aquele velho costume do gaúcho de fazer o rancho está perdendo força, e o consumidor opta por fazer as compras ao longo do mês – observa Nadia, concordando que existe a procura por conveniência, mesmo que assim o gasto aumente.

 

A propensão de distribuir a compra dos itens por estabelecimentos também apareceu. Seções como açougue, padaria, hortitigranjeiros e fiambreria, de consumo mais imediato, ganham maior importância para pequenos e médios supermercados. Nos grandes, o destaque fica para produtos de limpeza, bazar, mercearia e bebidas.

– Com mais visitas e tíquete baixo, as pessoas também estão comprando mais à vista – observa o presidente da Agas, Antonio Cesa Longo.

 

Pagamento por meio eletrônico cresceu em 2010

 

Colegas em um salão de beleza no bairro Menino Deus, na Capital, as cabeleireiras Raquel Lima, 31 anos, e Luana Oliveira, 23 anos, adotaram o hábito de distribuir as compras entre estabelecimentos de vários portes.

 

– Vou todos os dias no mercado para as compras pingadinhas como pão, frios, lasanha congelada ou carne moída quando vou fazer pastel. Mas, quando é para comprar produtos que podem ser guardados, como arroz, feijão, massa, óleo e produtos de limpeza, vou num hipermercado ou em um supermercado maior – conta Raquel.

 

Pela comodidade de comprar alimentos que serão logo consumidos perto de casa, Raquel admite até pagar um pouco mais. E Luana prefere pagar no ato e por meio eletrônico, outra tendência apontada pela pesquisa.

 

– Costumo usar o cartão de débito.

 

O pagamento por meio eletrônico ganhou importância e foi de 44% para 55%. A quitação dos débitos à vista diminuiu de 54,18% para 53,52%. A utilização do dinheiro em papel para pagar a conta caiu dois pontos percentuais no mesmo período, segundo o presidente da Agas.

 

O crescimento real (descontada a inflação) das vendas dos supermercados gaúchos ano passado foi de 8,39%, impulsionado pela diminuição da informalidade e mercado de trabalho aquecido. As 327 empresas pesquisadas, que conforme a Agas representam 85% do faturamento do setor, tiveram ano passado vendas de R$ 13 bilhões. A entidade calcula que, se fossem incluídos os números de todos os supermercados gaúchos, a cifra chegaria a R$ 15,31 bilhões.

 

Veículo: Zero Hora - RS


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