Cerca de 30 espécies estão sendo resgatadas no banco de mudas da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
Quem olha com atenção no supermercado pode se surpreender também com uma notícia boa: estão de volta hortaliças que andaram sumidas da mesa do brasileiro.
O aposentado Roberto Teixeira olha. “Caramuela? Cara eu já vi, moela eu já vi, mas caramuela junto não. Deve ser uma fruta”, comenta.
Nada disso. É uma hortaliça, assim como a beldroega, jacatupé e vinagreira. Cerca de 30 espécies estão sendo resgatadas no banco de mudas da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
“A cenoura, a beterraba, a alface, como foram mais trabalhadas e mais divulgadas, elas começaram a ser consumidas mais. As outras foram deixadas no esquecimento”, explica a pesquisadora da Epamig, Marinalva Woods.
Essas hortaliças têm alto valor nutritivo. O jacatupé, por exemplo, possui 9% de proteína, nível maior se comparado a outras hortaliças como alface (0,6%) e couve (2,9%).
Alimentos que foram tão comuns na mesa do brasileiro e que ficaram sumidos durante muito tempo estão de volta às prateleiras dos supermercados. Nos mercados de Sete Lagoas, em Minas Gerais, já se encontram, por exemplo, a azedinha, usada em saladas, e também o Ora-pro-nobis e a taioba.
A dona de casa Maria Aparecida Ribeiro não tem dúvida: a taioba faz parte do cardápio da família. “Tudo que eu sei aprendi com a minha mãe. Hoje não a tenho mais, mas tudo que ela ensinou eu guardo na cabeça. Fica bom com costelinha, com frango, carne moída, com feijão e até com angu. É gostoso e dá para repetir”, diz.
Veículo: Diário do Comércio - SP