Há dois anos no mercado, a empresa Elizabeth Processados, que seleciona, lava, higieniza e embala verduras e legumes, com sede no bairro Castelo, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, vem apresentando crescimento substancial. Em 2010, foi registrado incremento entre 50% e 60% no faturamento com relação ao exercício anterior. Para 2011, as expectativas são de, no mínimo, repetir o índice do ano passado.
Segundo a proprietária da empresa, Maria Elizabeth da Cruz, o que garante o resultado positivo para o negócio é a boa qualidade do produto, que permite fidelizar os clientes e ainda proporciona o que ela chamou de a melhor propaganda, "o boca a boca". Ela garante que o aumento nas vendas é registrado mês a mês e acredita que isso é fruto de um trabalho de acompanhamento de cada cliente. "Nosso atendimento é personalizado. Fazemos um acompanhamento do produto até ele ser entregue aos clientes, mesmo não possuindo frota própria para a distribuição. Isso é reconhecido pelos nossos compradores que passam a ser fiéis ao nosso produto".
Na carteira de clientes da Elizabeth Processados estão restaurantes e supermercados de Belo Horizonte. A empresa é, inclusive, responsável pela produção de processados de marca própria de redes de supermercado como Grupo Pão de Açúcar, Verdemar e Super Nosso. No portfólio da empresa estão cerca de 50 itens entre legumes e verduras como abóbora, couve-flor, inhame, vagem, alface, agrião, brócolis, coentro, manjericão, saladas, entre outros.
Quando iniciou as atividades, há dois anos, a empresa produzia cerca de 300 pacotes de processados por dia. Hoje a média já é de 1,2 mil no mesmo período. A unidade produtiva da empresa está instalada em um galpão de aproximadamente 380 metros quadrados no bairro Castelo, na região da Pampulha. Nele foi construída uma espécie de cozinha industrial com equipamentos próprios para o processamento de alimentos. A capacidade de produção é de 2,2 mil pacotes por dia.
Capacidade - Mesmo não operando no limite de capacidade, a empresa deve ganhar uma nova unidade produtiva nos próximos anos. Segundo Maria Elizabeth da Cruz, o projeto ainda está em fase de elaboração, mas contará com iniciativas sustentáveis como a reutilização da água, como forma de reduzir os custos. "O investimento para a construção de uma unidade fabril é alto e deve ser planejado com antecedência. Não daremos início às obras agora, mas já estamos nos preparando para isso".
Não é por acaso que a proprietária da empresa está pensando em reduzir custos. Segundo ela, o gasto com insumos como as verduras, os legumes e a água que é utilizada no processamento dos alimentos é alto, o que reduz a margem de lucro da empresa. "Se formos repassar esse gasto ao consumidor nosso preço fica fora da realidade do mercado, então praticamos margens menores de lucro".
Outra dificuldade enfrentada pela Elizabeth Processados é a sazonalidade das verduras e legumes. "Para enfrentar esse gargalo trabalhamos com um leque amplo de fornecedores, assim conseguimos suprir as nossas necessidades". Mas o maior gargalo, assim como em muitos outros setores, é a falta de mão-de-obra especializada no mercado.
A empresa treina os seus funcionários e para evitar a rotatividade desenvolve atividades constantes voltadas para os profissionais. "São palestras, debates, cafés da manhã, entre outras". O quadro de funcionários é preenchido por 20 profissionais. Mesmo enquadrada no Simples, a empresa também enfrenta dificuldades quanto à carga tributária. " muito pesada", reclamou.
Veículo: Diário do Comércio - MG