Saúde e sustentabilidade na agenda de empresas de leite

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Moore, da GDP, diz que objetivo é discutir questões de longo prazo em lácteosO potencial do setor brasileiro de lácteos - tanto no que diz respeito à produção como à demanda - ganha reconhecimento a cada dia. Este mês, representantes de empresas que fazem parte da Global Dairy Platform (GDP), uma instituição cujo objetivo é promover o leite em escala global, reuniram-se no Brasil para discutir as perspectivas e desafios do segmento.

 

A entidade foi criada em 2006 por quatro grandes companhias de lácteos: a neozelandesa Fonterra, a americana Dairy Farmers of America (DFA), a holandesa FrieslandCampina e a escandinva Arla. Hoje, tem 60 membros, entre empresas e entidades, como a brasileira Embrapa.

 

O diretor-executivo da GDP, Donald Moore, diz que a reunião foi realizada pela primeira vez no Brasil e na América Latina. "Todo mundo reconhece a importância do setor no Brasil, na América Latina", afirma.

 

Ele explica que o objetivo da GDP é promover o leite em escala global e discutir questões de longo prazo que possam influenciar a demanda pelo produto. Entre as ações da organização está divulgar as qualidades nutricionais do leite, dar uma visão mais equilibrada sobre a gordura do leite - muitas vezes apontada como prejudicial à saúde - e tratar da sustentabilidade na produção do segmento.

 

Essa última questão, aliás, já rendeu preocupações. Em 2006, a Agência para Agricultura e Alimentação da Organização das Nações Unidas (FAO) lançou relatório estimando que toda a pecuária (de corte e de leite) era responsável por 18% das emissões de gases de efeito estufa. No entanto, à época, alguns meios de comunicação usaram o número de 18% quando se referiam às emissões da pecuária de leite, segundo Moore. Novo relatório, de 2010, revelou que as emissões provenientes da produção de leite respondem por 2,7% do total, dirimindo dúvidas.

 

Além da América Latina, a GDP também busca ampliar presença na Ásia, principalmente por causa da China, onde cresce o consumo de lácteos. No Brasil, o atrativo é o potencial de avanço da produção, observa Moore, graças aos recursos naturais, clima e competitividade das empresas do setor.

 


Veículo: Valor Econômico


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