Em meio à alta das commodities alimentícias, a rede americana Walmart vem cortando custos e negociando o adiamento ou cancelamento de elevações de preço dos fornecedores, segundo Doug McMillon, presidente da divisão Walmart International. "Encontramos formas criativas de driblar isso", afirmou ele ontem.
"Primeiro, tentamos manter nossos custos os mais baixos possível; segundo, [tentamos] trabalhar com nossa cadeia de fornecedores o melhor que podemos", disse o executivo, que está na empresa desde os 17 anos. Esse trabalho envolve etapas como o transporte e o envasamento dos produtos, afirmou, sem entrar em detalhes.
Há oito trimestres, a rede apresenta declínio nas vendas de lojas abertas há mais de 12 meses nos Estados Unidos. O mercado americano representa quase 70% da receita total da empresa. Além dos EUA, a varejista opera em 15 países. As vendas internacionais superaram os US$ 100 bilhões no ano fiscal fechado em janeiro de 2011.
"Estamos testemunhando crescimento rápido e muito robusto em economias de mercados emergentes", disse McMillon. "Os mercado desenvolvidos estão mais desafiadores."
McMillon não quis comentar as especulações de uma possível oferta pelo britânico Home Retail Group, após informações publicadas pelo jornal "Daily Mail". A Asda, rede do Walmart no Reino Unido, quer ser a maior varejista de alimentos no mercado local. O executivo disse que a Asda procura crescer por meio de sua loja eletrônica, em que os clientes encomendam pela internet e buscam na loja ou recebem em domicílio e com novas lojas da bandeira Netto.
Veículo: Valor Econômico