Panetones chegam às prateleiras de Guarulhos e já atraem consumidores
Panetones e outros bolos natalinos já chegaram às prateleiras do comércio de Guarulhos. Símbolo do Natal, o panetone virou parte indispensável na ceia do brasileiro. Mas, antes de ir às compras, é preciso pesquisar bem, porque o preço do produto varia bastante de um estabelecimento para outro. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o panetone chegará 5% mais caro aos pontos-de-venda este ano. Em Guarulhos, um panetone da Bauducco ou da Casa Suíça custa em média de R$ 1,80 (80 gramas) a R$ 91,94 (quatro quilos da Bauducco). Os mais vendidos são os de 750 gramas que custam em média R$ 15. Mas a elevação no preço parece não intimidar os consumidores.
Segundo o proprietário do Empório 2000, no Bom Clima, Jair Makashima, 52 anos, as vendas já estão boas. Ele comercializa os panetones Casa Suíça, da VickBold, e contou que a procura já é grande em outubro. "Estou vendendo 180 panetones por semana", afirmou ele, que completou dizendo: "Em dezembro, esse número vai aumentar muito mais". Segundo ele, no ano passado foi preciso limitar as vendas porque não tinha produto suficiente para todos os clientes.
A proprietária da Kasinha Doce, Jaqueline Sena, 30, está feliz com a grande procura por panetones e demais produtos natalinos, todos da Bauducco. Fã de panetone, Jaqueline comemora as boas vendas. "Vendo de 15 a 20 panetones por dia", comentou. Segundo ela, a procura pelo produto começou em setembro e não pára de crescer. "Vou começar a reforçar meu estoque para não correr o risco de faltar panetone", disse. Além dos bolos, Jaqueline também vende cestas natalinas e faz diversas visitas à empresas para oferecer seus produtos.
Porém, dá para passar o natal sem panetone? Sim, há quem não goste da iguaria italiana, como a assistente administrativa Fabiana Resende, 27, por exemplo. "Não me agrada o gosto do bolo e muito menos aquele monte de frutas no meio. Acho enjoativo. Exagerado e pra mim tudo que é exagerado estraga", afirmou. Ela contou que já tentou outras variedades do produto, como o chocotone, mas chegou a conclusão que é a massa do pão que não a agrada. Para Fabiana a ceia natalina não fica incompleta sem panetone e, sempre que ganha um de presente, ela dá para a mãe. "Ao contrário de mim, ela adora panetone e tudo que se assemelha", comentou.
História
A origem do panetone é italiana e data do século 15. Um jovem milanês, membro da família Atellini, se apaixonou pela filha do padeiro, chamado Toni, que era contra o namoro. O rapaz disfarçou-se de ajudante de padeiro para impressionar Toni e, passados alguns dias de trabalho, inventou um pão de sabor especial. Sem falar na forma do pão que era totalmente diferente. A superfície foi moldada no formato de uma cúpula de igreja. O sucesso do pão foi imediato e a nova iguaria passou a ser conhecida como o pão da padaria do Toni, depois pão do Toni e com o tempo, simplesmente, panetone. Desse dia em diante a padaria ganhou muito movimento, o que fez a família ficar rica.
Existem outras duas versões sobre a história do panetone. Uma dela diz que ele foi inventado pelo mestre-cuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, que preparou a iguaria para uma festa em 1395. A última versão conta que um certo Ughetto resolveu se empregar em uma padaria para poder ficar pertinho da sua amada Adalgisa, filha do dono. Ali ele teria inventado o panetone, entre 1300 e 1400. Feliz com a novidade, o padeiro permitiu que Ughetto se casasse com Adalgisa.
Veículo: Guarulhos Hoje