Para Wal-Mart, vendas estão no nível pré-crise

Leia em 1min 50s

O Wal-Mart inaugurou ontem, em Salvador, sua primeira Loja da Comunidade. Previsto para funcionar ao lado dos supermercados populares Todo Dia e atacadistas Maxxi, por enquanto restritas à região Nordeste, o novo modelo oferecerá prestações de serviço à população, como emissão de documentos e cursos profissionalizantes. Segundo Héctor Núñez, presidente do Wal-Mart, a proposta ajudará a rede a criar laços mais fortes com o consumidor. Uma arma a mais a ser usada em tempos de crise, como afirmou na entrevista a seguir.


 
FOLHA - A Loja da Comunidade é uma forma de enfrentar a crise?
HÉCTOR NÚÑEZ - Nossa missão é oferecer preço baixo, sempre. Nas crises, esse conceito brilha ainda mais, e as Lojas da Comunidade ajudam a concretizar essa missão.

 

FOLHA - A rede já sentiu reflexos da crise?
NÚÑEZ - Não, continuamos com a mesma tendência de crescimento de antes. Mantemos relações próximas com os fornecedores e estamos negociando de todas as maneiras para não repassar aumentos. Os importados que vendemos são trazidos pela própria empresa e já estavam em casa ou negociados, em vias de entrarem [na rede]. Teremos um Natal forte e tranqüilo, sem pressão.

 

FOLHA - E as negociações futuras?
NÚÑEZ - Se houver algum tipo de pressão por aumento, insistiremos nas negociações e veremos o que vamos fazer. Mas, de qualquer maneira, é preocupação de 2009.

 

FOLHA - O Wal-Mart mantém os planos de investir de R$ 1,6 bilhão a R$ 1,8 bilhão na abertura de 80 a 90 lojas no país em 2009?
NÚÑEZ - Sim, a operação brasileira tem dado bons retornos para a companhia e a confirmação dos investimentos reforça a percepção positiva da matriz em relação ao país.

 

FOLHA - A matriz do Wal-Mart está no epicentro da crise. A redução de consumo nos EUA pode afetar os planos para a operação brasileira?
NÚÑEZ - Enquanto todas as outras redes varejistas estão com crescimento negativo nos EUA, o Wal-Mart está brilhando, com aumento nas vendas [...] No Brasil, a situação não é diferente, e a empresa mantém os investimentos no país.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


Veja também

Casas Bahia suspendem compras para não subir preços

Apesar de a crise ainda não ter abalado as vendas nas Casas Bahia, a maior rede de eletrodomésticos do pa&...

Veja mais
Whirlpool corta nos EUA, mas mantém plano no Brasil

A Whirlpool -dona da Brastemp e da Consul- anunciou ontem que cortará 5.000 empregos nos EUA até o fim de ...

Veja mais
Panetones chegam às prateleiras 5% mais caros que no ano passado

Panetones chegam às prateleiras de Guarulhos e já atraem consumidores   Panetones e outros bolos na...

Veja mais
Contato com o supermercadista

Um grupo de 12 produtores de fruticultura, apicultura, laticínios, bebidas artesanais e de cosméticos, apo...

Veja mais
Logística é fundamental para gestão de produção

Muitas organizações só sabem que logística existe quando há problemas. O setor que re...

Veja mais
Alta do dólar afeta confecções

Pólo de moda do Barro Preto prevê faturamento menor nos dois últimos meses do ano.  As sucessi...

Veja mais
Estratégia na citricultura

Nos últimos dias, processadoras internas de laranja não demonstram forte interesse em obter a fruta no por...

Veja mais
Na hora da entrevista, boa comunicação é fundamental

Saber se expressar com clareza é fundamental em uma entrevista de emprego. É impossível esquecer do...

Veja mais
Produção de açúcar está 6% menor

A chuva voltou a atrapalhar a moagem de cana no Centro Sul do Brasil - que concentra quase 90% da produção...

Veja mais