Pão de Açúcar já tentou expandir-se no exterior

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Apesar de a possível fusão parecer ser a primeira empreitada do grupo Pão de Açúcar para expandir seus domínios fora do Brasil, a verdade é que décadas atrás a marca já fez tentativas de fincar sua bandeira no exterior. A iniciativa mais consistente da rede neste sentido se deu em Portugal. Em 1968, quando a companhia já tinha 28 anos de existência e 64 lojas, foi criada a Divisão Internacional, fazendo com que as unidades do Pão de Açúcar chegassem à Península Ibérica (Portugal e Espanha) e a Angola. Em Portugal, por sinal, a rede implantou os conceitos de super e hipermercados, que não existiam no país.

 

Para tanto, o Pão de Açúcar se associou ao grupo empresarial local CUF e abriu, em maio de 1970 sua primeira loja em Lisboa. Na época, o jovem Abílio Diniz se opunha de forma ferrenha à iniciativa e achava que os hábitos de consumo arcaicos dos portugueses de então fariam com que o negócio fracassasse. A operação só foi adiante porque o pai de Abílio, Valentim Santos Diniz (um imigrante português), que era presidente do Pão de Açúcar, queria ajudar a revigorar a combalida economia de sua terra natal.

 

A experiência foi bem-sucedida por um bom tempo. Os portugueses se encantaram por poderem adquirir tudo o que precisavam em um único local. No entanto, desavenças entre o Pão de Açúcar e o CUF, bem como a crise vivida pela rede no Brasil, levaram-na a abandonar a operação portuguesa. Para sair do país, a família Diniz vendeu as duas bandeiras que tinha em Portugal (Jumbo, de hipermercados, e a própria Pão de Açúcar, de supermercados) a uma rede de varejo francesa, a Auchan. Hoje, quem vai a Portugal vê lojas com o letreiro Pão de Açúcar em muitas cidades, mas elas já não têm nada a ver com a empresa brasileira.

 

Tentativa

 

Houve outra tentativa de internacionalizar a marca em 2009, quando a rede cogitou voltar a Angola motivada pela forte expansão da economia local. Executivos visitaram por diversas vezes o país devido ao projeto, mas no final de 2010 ele foi engavetado. Na época, a logística local não daria conta das importações de bens de consumo brasileiros que abasteceriam os supermercados angolanos da empresa.

 

Veículo: DCI


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