Aurora irá inaugurar unidade de lácteos em Santa Catarina

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A empresa Aurora Alimentos prevê investir até setembro deste ano aproximadamente R$ 214 milhões, voltados principalmente na ampliação de unidades no Mato Grosso e a instalação de uma indústria processadora de lácteos no Estado de Santa Catarina. Somente nessa nova unidade catarinense, que será inaugurada amanhã (2), em Pinhalzinho, com capacidade de processamento de 2,2 milhões de litros de leite por dia, os aportes chegaram a R$ 180 milhões.

 

Esse mesmo polo industrial de lácteos que será inaugurado nesse sábado, na verdade foi construído em 2009, e antes mesmo de começar as suas operações, no dia 30 de abril do mesmo ano, um incêndio destruiu o principal núcleo de industrialização da unidade. Essa área abrigava a área de fabricação de queijos, sala de fatiamento, câmara de estocagem, concentração de soro, pasteurização de leite e elaboração de requeijão e manteiga, almoxarifado e sala de embalagens. Ao todo o desastre atingiu 4 mil metros quadrados dos 51 mil metros quadrados de construção do polo industrial da empresa. Em setembro do mesmo ano, a reconstrução foi iniciada e custou R$ 42 milhões.

 

As máquinas e equipamentos para processamento de leite representaram 50% dos investimentos totais na unidade, sendo que somente da Tetra Pak as aquisições foram superiores a R$ 70 milhões com sistemas de recepção, pasteurização, processamento e envase dos produtos. "Esse projeto começou com o crescimento dessa região que produzia muito leite. Nossos cooperativados insistiram para que investíssemos nesse setor, pois eles garantiriam a matéria-prima de qualidade. Por fim decidi construir a unidade que é uma das maiores da América Latina e uma das mais modernas do mundo", contou com exclusividade ao DCI, o presidente da empresa Mário Lanznaster.

 

Como já é conhecida a estratégia de comercializar pelo menos 85% de seus produtos no mercado interno brasileiro, Lanznaster, pretende manter a mesma participação para a área de lácteos da empresa, sendo que os leites serão comercializados no sul e sudeste do País, dado os altos custos logísticos para o transporte do produto, e o baixo valor agregado. E os queijos e leites em pó para o todo o País. "Essa unidade de lácteos está localizada no meio do eixo produtor, que representa uma vantagem logística. Todo esse leite vem das oito cooperativas que trabalham conosco. Nós já estamos produzindo, só não inauguramos antes por conta da construção de um trevo de acesso a unidade", disse ele.

 

O presidente da companhia não escondeu que está conversando com alguns países na África e na América Latina para o inicio da exportações de seus produtos. "Não estamos exportando nada ainda, mas estamos buscando mercado para exportar leite em pó e queijo. Estamos conversando com parceiros na África e na América Latina, e é possível que isso dê certo em breve. Temos um nome muito forte no exterior, e isso facilita".

 

A qualidade do produto é a principal arma da Aurora nesse setor, e para garantir isso, Lanznaster comentou que cursos, treinamentos e palestras são apresentados aos seus cooperados, para mostrar quais as melhores formas de manejo do produto. Uma das linhas de produtos que representa essa qualidade é o leite longa vida rastreado. "Nós exigimos muita qualidade dos produtos de nossos cooperativados. E para mostrar essa preocupação lançamos o primeiro leite UHT rastreado por unidade no mundo, que permite que o consumidor saiba de onde veio o seu leite, o que dá mais segurança."

 

O executivo afirmou que essa será a única unidade de lácteos da empresa por pelo menos oito anos, dado principalmente a dificuldade de encontrar cooperativados interessados em ampliar sua produção para outros estados. "O produtor não quer mudar de lugar, e isso dificulta. Garanto que não vamos criar nenhuma nova unidade de lácteos nos próximos seis ou oito anos", disse ele.

 

Ampliações

 

Apesar de não prever nenhuma abertura de outras unidades este ano, Lanznaster já prepara para setembro a ampliação de duas unidades em Mato Grosso. A primeira instalada em São Gabriel do Oeste, produz suínos, e receberá investimentos na ordem de R$ 22 milhões para passar de 1,4 mil abates de cabeças por dia, para 2 mil animais. "A oferta de insumos é limitada no sul do País, e nossas unidades de lá já estão abarrotadas. Como em Mato Grosso a oferta de milho é maior, resolvemos ampliar aqui primeiro", frisou ele.

 

A segunda ampliação será no mesmo mês, em uma unidade processadora de hambúrgueres. A ideia do executivo é dobrar a produção atual de 1 milhão de quilos por mês para 2 milhões de quilos. "Lá em Mato Grosso nós temos também uma indústria de hambúrguer, e ela será duplicada a partir de setembro. Para essa ampliação nós investimos R$ 12 milhões", finalizou Lanznaster.

 

Veículo: DCI


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