Pressão política ronda o plano de Abílio Diniz de fundir o Grupo Pão de Açúcar ao Carrefour, com o sócio Casino. Depois de um "chá de cadeira", o presidente da rede Casino, Jean-Charles Naouri, que esteve ontem em Brasília, reuniu-se com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Luciano Coutinho, depois de entrar com o segundo pedido de arbitragem contra a proposta de fusão.
Enquanto isso, na capital federal, um grupo de políticos, composto por base aliada e oposição, convidou Coutinho a explicar, hoje, a intenção de emprestar cerca de R$ 4,5 bilhões ao negócio. Por outro lado, o Poder Executivo declarou, na voz do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), que não irá mais comentar o caso. Se passar por cima das vozes dissonantes do governo e do Casino, Diniz poderá encontrar ainda novos problemas, caso conquiste a fusão. O choque entre diferentes culturas de varejo é mais um fator que dificulta e até inviabiliza a união dessas redes, pensam especialistas em governança corporativa.
Veículo: DCI