Desistência do BNDES pode ser barreira à fusão "Carreçúcar"

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O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teria desistido de apoiar Abílio Diniz na empreitada pela criação do "Carreçúcar", divulgou ontem o colunista Ancelmo Gois, em seu Twitter - apesar de a instituição não ter confirmado nada, até o fechamento desta edição. Ainda na esfera financeira, o BTG Pactual, envolvido no caso, estaria atrás de acionistas do Grupo Pão de Açúcar (GPA) para convencê-los de que a fusão com o Carrefour é boa para todos.

 

Na última sexta-feira, circulou a informação de que banqueiros do BTG procuravam cerca de 50 investidores minoritários do GPA para defender a união entre os supermercados. Enquanto isso, agentes financeiros do Casino (sócio do GPA, mas contrário à fusão) buscavam os acionistas para pregar contra a proposta de Diniz. Os executivos do BTG teriam se espantado com a reação do presidente da companhia francesa, Jean-Charles Naouri.

 

Por se tratar de um rumor, o banco de investimento não confirmou nem negou as informações. À colunista Mônica Bergamo, porém, banqueiros do BTG disseram que a reclamação de Naouri já era esperada, "mas num tom bem abaixo". Na semana passada, o empresário veio da França ao Brasil para defender que o BNDES não participe da fusão. Além disso, passou os dias aqui a trocar acusações com o seu sócio, Diniz.

 

Proposto pelo empresário brasileiro, o casamento apelidado de "Carreçúcar" criaria a segunda maior companhia do varejo global, ao custo de uma concentração de 27% no setor varejista do País - chegando a 69% (um monopólio) em São Paulo. Como a rede Casino tem direito de assumir o controle do GPA no ano que vem, o principal executivo da companhia francesa se posicionou contra a realização do negócio.

 

Na proposta de fusão, desenhada pela consultoria Estáter, as instituições financeiras BNDES (por meio do braço BNDESpar) e BTG Pactual entrariam com R$ 4,5 bilhões e deteriam, respectivamente, 18% e 3,2% do Novo Pão de Açúcar (NPA). O investimento do BNDES (cerca de R$ 4 bilhões) seria essencial para a realização do negócio. Contudo, o banco já havia divulgado que só analisaria o caso após Diniz e Naouri terem entrado num consenso. No NPA, o sócio brasileiro ficaria com 16,9% das ações, enquanto o Casino teria 34,4%.

 


Veículo: DCI


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