Ganhos da Kimberly-Clark caem 18%

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A fabricante de lenços de papel, fraldas e papel higiênico Kimberly-Clark anunciou ontem queda de 18% no lucro do segundo trimestre, afetada pelo aumento nas despesas com commodities e pagamento de impostos.

 

A empresa de Dallas (EUA) elevou a projeção de receita anual e manteve a previsão de lucro ajustado para este ano, mas ressaltando que deverá ficar na metade inferior da faixa projetada. As ações fecharam em baixa de 2,1% na sessão de ontem, cotadas a US$ 66,48.

 

Assim como muitas empresas, a Kimberly-Clark viu o custo dos materiais usados em seus produtos continuar a subir. Elevou seus preços para tentar suavizar a pressão.

 

O presidente do conselho de administração e CEO Thomas Falk disse em comunicado que o cenário de custo das commodities piorou nos últimos três meses, mas que a empresa manteve a previsão anual de lucro porque pretende reduzir gastos e deve beneficiar-se de taxas de câmbio favoráveis.

 

A fabricante dos lenços Kleenex teve lucro líquido de US$ 408 milhões no trimestre encerrado em 30 de junho. No mesmo período de 2010, o lucro havia sido de US$ 498 milhões. A empresa também fabrica as fraldas Huggies, o papel higiênico das marcas Scott e Neve e o absorvente feminino Intimus.

 

A receita trimestral subiu 8%, de US$ 4,86 bilhões para US$ 5,26 bilhões, graças à alta dos preços cobrados pela empresa e ao aumento nas vendas, em volume. A expectativa em Wall Street era de receita de US$ 5,11 bilhões.

 

As operações internacionais da Kimberly-Clark - que incluem Ásia, América Latina, Oriente Médio, Leste Europeu e África - registraram alta de 19% nas vendas.

 

A unidade de cuidados pessoais da Kimberly-Clark teve aumento de 7% nas vendas, embora a América do Norte tenha apresentado queda de 2%, influenciado pela demanda ainda fraca por produtos para bebês e crianças e pela queda nas vendas de produtos de bebês, em volume, para o Canadá.

 

Na divisão de lenços, voltada o varejo, a receita subiu 9%, para US$ 1,7 bilhão, com altas de 5% na América do Norte e queda de 11% na Europa. A receita da divisão internacional (países emergentes) aumentou 14%.

 

A receita da área de produtos de cuidados com a saúde da multinacional subiu 14% no trimestre, com a venda de produtos médicos, em volume, aumentando dois dígitos percentuais, graças, em parte, aos bons desempenhos nos segmentos de luvas e roupas.

 

A direção da Kimberly-Clark manteve a meta anual de lucro ajustado entre US$ 4,80 e US$ 5,05 por ação em 2011. Para a receita anual, a companhia agora projeta alta entre 5% e 7%. A estimativa anterior era de alta entre 4% e 6%.

 

A expectativa de analistas em Wall Street é de lucro anual de US$ 4,85 por ação e receita de US$ 20,73 bilhões em 2011.

 

As projeções da Kimberly-Clark levam em conta previsões de aumento nos custos de resinas de polímero, superabsorventes, adesivos e outros materiais de embalagens. A companhia informou que os custos de muitos desses materiais continuam em alta, mesmo com os preços do petróleo tendo ficado um pouco mais moderados nos últimos três meses.

 

Veículo: Valor Econômico


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