Grupo diz que não teve acesso a informações privilegiadas
O Grupo Casino nega ter feito aquisições de papéis da Companhia Brasileira de Distribuição em momentos de vedação estabelecidos durante a negociação da união do Pão de Açúcar com o Carrefour, posteriormente abandonada. Na quarta-feira passada, reportagem revelou que a Rio Bravo Investimentos entrou com uma reclamação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contestando aquisições que o Casino realizou no mercado para aumentar sua participação na varejista brasileira. A Rio Bravo entende que o Casino estava proibido de realizar parte das negociações.
O grupo francês garante que não teve acesso a informações privilegiadas e que só soube das negociações pelos jornais. Também acrescenta que não foi notificado pela CVM sobre o caso. O processo sobre as negociações do Casino tem formalmente como interessado alvo a Companhia Brasileira de Distribuição (Pão de Açúcar), que tem ações na bolsa brasileira.
A Rio Bravo estava bloqueada de negociar ações da CBD por ter entre seus sócios um membro do conselho de administração do Pão de Açúcar, Guilherme Ferreira. "Temos um e-mail formalizando o bloqueio do nosso sócio. Se o nosso sócio estava bloqueado, todo mundo deveria estar bloqueado, incluindo o Casino", defendeu o diretor de renda variável da Rio Bravo, Rafael Rodrigues, autor da reclamação.
Durante as negociações entre o empresário Abílio Diniz e o Carrefour, o departamento jurídico do Pão de Açúcar enviou carta proibindo a negociação com ações da CBD e da Globex por todos os controladores, acionistas e pessoas que pudessem ter informação privilegiada com a negociação da fusão do grupo com o Carrefour (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG