Ideia da empresa, que deve investir R$ 31 mi em 2011, é instalar na cidade uma planta da marca Pirata.
A Vilma Alimentos - marca controlada pela Domingos Costa Indústrias Alimentícias S/A, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) -, que possui plano de investimentos de R$ 31 milhões somente em 2011, estuda novos aportes no Estado nos próximos anos. A ideia é instalar uma planta da Pirata Alimentos, seu braço fabricante de condimentos, em Montes Claros, no Norte de Minas.
O vice-presidente de Vendas e Marketing da Vilma, Cezar Tavares, diz que a intenção é aproveitar um terreno de 20 mil metros quadrados que a empresa possui no município para implantar a unidade.
"Depois que adquirimos a marca Pirata, os negócios vêm tomando proporções cada vez maiores. E a fábrica de Contagem possui espaço limitado. Portanto, como possuímos uma área inoperante em Montes Claros, estamos pensando em transferir parte ou toda a produção para lá", afirma.
O projeto está em fase de estudos de viabilidade e, segundo Tavares, poderá sair do papel em 2012. "Ainda não temos a dimensão do valor a ser investido, mas a implantação de uma nova unidade da Pirata é inevitável diante do crescimento da marca", ressalta.A Pirata foi comprada pela Domingos Costa Indústrias Alimentícias em 2008, mas o valor do negócio não foi divulgado.
Entre os R$ 31 milhões em aportes previstos pela Vilma para este ano, está a implantação de uma planta de silos em Cambé (PR). A unidade será inaugurada neste mês e recebeu inversões da ordem de R$ 17 milhões.
Inicialmente, serão seis silos com capacidade total de armazenar 36 mil toneladas. A intenção, de acordo com Tavares, é ampliar esta capacidade já em 2012, chegando a 100 mil toneladas/mês.
Até 2020, a empresa pretender investir mais R$ 43 milhões para verticalizar os negócios no Paraná, com a construção de um moinho, uma fabrica de macarrão e outra de biscoitos.
O vice-presidente explica que a área de atuação estava muito concentrada aos estados limítrofes de Minas Gerais, já que o tipo de produto fabricado pela Vilma perde competitividade ao ser transportado para longas distâncias.
"A expansão para o Paraná vai nos possibilitar atingir os consumidores da região Sul. Mas esses investimentos são em médio e longo prazos. O plano é atingir um faturamento de R$ 1 bilhão em 2020", afirma. Em 2010, o faturamento da Vilma foi de R$ 429 milhões e a previsão é fechar 2011 com receita bruta de R$ 470 milhões.
No exercício passado, a Vilma, sediada em Contagem, faturou R$ 429 milhões
Contagem - Em Minas Gerais também estão sendo investidos R$ 14 milhões neste ano. A Vilma vai inaugurar em breve seu terceiro moinho de trigo na planta industrial de Contagem. Com isso, a empresa vai passar de capacidade de moagem mensal de 17 mil toneladas para 21 mil toneladas.
"Tivemos a necessidade de aumentar a moagem de trigo em função do crescimento da produção da fábrica de macarrão que, em 2010, passou de 5,5 mil toneladas para 10 mil toneladas mensais", observa.
No momento, a produção da Vilma consome em média 200 mil toneladas de trigo por ano, sendo que desse total, 120 mil toneladas vêm do Paraná, o maior produtor de trigo do Brasil. A Argentina responde por 40 mil toneladas e outras 40 mil toneladas são compradas de produtores mineiros.
Veículo: Diário do Comércio - MG