Vendas de leite têm alta de 3% no país no primeiro semestre

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Longa vida e produto em pó puxam incremento no período

 

Apesar da recente desaceleração do ritmo de crescimento da economia do país, a tendência de aumento da renda da população nos últimos anos continua a puxar para cima as vendas de leite no mercado doméstico.

 

Dados compilados pela Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) mostram que, no total, as vendas alcançaram 5,105 bilhões de litros no primeiro semestre de 2011, 3,2% mais que em igual período do ano passado.

 

Carro-chefe dessa comercialização, o leite longa vida registrou incremento de 4% na mesma comparação e o volume vendido somou 2,86 bilhões de litros de janeiro a junho. As vendas de leite em pó subiram 7,4%, para o equivalente a 1,45 bilhões de litros, e houve queda de 6% do caso do leite pasteurizado, para 795 milhões de litros.

 

"Há consumo de leite em 99% dos lares brasileiros. Mesmo com a economia crescendo menos, o aumento da renda mantém as vendas em alta", afirma Laércio Barbosa, presidente da ABLV.

 

Como historicamente as vendas de leite no Brasil são mais fortes no segundo semestre do que no primeiro, diz Barbosa, é possível que o aumento no acumulado de 2011 alcance 5%. Em 2010, as vendas totalizaram 5,5 bilhões de litros.

 

Apesar da boa fase da demanda interna, notadamente no Nordeste, a ABLV continua a chamar a atenção para a alta das importações de leite em pó. "Nesse momento de entressafra no país está tudo calmo, mas se as importações seguirem aquecidas na safra os produtores terão problemas".

 

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, o período de safra começa entre os meses de setembro e outubro. E na atual entressafra, desde junho, houve mais problemas na oferta do que o normal em consequência de adversidades climáticas.

 

O presidente da ABLV destaca que o acordo que limitou as importações desde a Argentina a 3,3 mil toneladas por mês, prorrogado até o último dia 31 de julho, será rediscutido pelos dois países na semana que vem. Se o volume acordado crescer, a pressão sobre os produtores brasileiros certamente vai aumentar.

 

Apesar das incertezas de curto prazo nas economias internacional e doméstica, Barbosa reitera que o segmento de lácteos deverá registrar em 2011 seu maior déficit comercial em uma década, com importações equivalentes a mais de 1 bilhão de litros.

 

Veículo: Valor Econômico


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