Preços alavacam produção em Minas

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O produtor está otimista e lucrando com o cultivo de tomate em Minas Gerais

 

A produção de tomate em Minas Gerais deverá crescer cerca de 9% neste ano. Além do clima favorável, os preços do produto vêm se mantendo lucrativos ao longo do ano devido à oferta equilibrada com a demanda. Em 2011, o Estado deve colher em torno de 440,103 mil toneladas.

 


O aumento dos preços do tomate em cerca de 60% e a rentabilidade da lavoura vêm revertendo o resultado negativo observado no ano passado, quando os produtores do Estado amargaram prejuízos devido à alta oferta no mercado e baixo valor.

 

De acordo com o técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), unidade Araguari (Triângulo Mineiro), José Hernane Pereira, em julho do ano passado a caixa de 25 quilos do produto chegou a ser comercializada a R$ 18. Em igual período deste ano os preços estão variando entre R$ 25 e R$ 30. O valor é considerado suficiente para cobrir os custos de produção, que ficam em torno de R$ 12 a R$ 16, dependendo da tecnologia aplicada na cultura.

 

Os agricultores de Araguari ampliaram em cerca de 10% a produção para atender à demanda e minimizar as perdas acumuladas em 2010. No município, que é o maior produtor de tomates do Estado, os ruralistas utilizam uma área plantada de 500 hectares, e a produção esperada é de 45 mil toneladas.

 

"Até o momento, o produtor está otimista e lucrando com a atividade. A maior aplicação de tecnologia e de tratos culturais adequados também está contribuindo para uma produtividade maior a custos reduzidos. A cultura do tomate demanda investimentos constantes em tecnologia de ponta e sementes de alta qualidade", avalia o técnico.

 

Favorável - Mesmo com o mercado favorável, as expectativas em relação ao restante do ano são de cautela. Com os preços elevados, a tendência é que os produtores invistam significativamente na ampliação da cultura, o que pode resultar em alta produção e queda nos preços.

 

"Grande parte dos produtores que registraram perdas financeiras em 2010 está conseguindo recuperar os prejuízos. A valorização do tomate se deve principalmente ao maior controle da oferta e da demanda, o que proporciona preços elevados. Mas a situação atual pode incentivar novamente o aumento da área e provocar queda significativa nos valores nas próximas safras".

 

Além de Araguari, a produção de tomate em Uberaba, também no Triângulo Mineiro, é expressiva. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o município produz em média 33,15 mil toneladas ao ano, em uma área de 255 hectares. Em Lagoa Formosa (Alto Paranaíba), a produção estimada para 2011 é de 28 mil toneladas.

 

Outro município que vem investindo no plantio de tomate é São José da Varginha (região Central). Neste ano a área plantada está estimada em 200 hectares e uma produção média de 17 mil toneladas do fruto. Um dos fatores que deverá impulsionar a cultura na região é a inauguração do balcão do produtor prevista para este ano. Ao todo, foram investidos R$ 450 mil no projeto provenientes de recursos liberados pelos governos federal, estadual e municipal. A Emater-MG é responsável pela assistência aos produtores.

 

A expectativa é que a partir de 2012 os produtores do município e região possam contar com maquinário próprio para selecionar os tomates, fazer a lavagem e embalar os frutos. Hoje todo o processo é manual.

 

Minas Gerais é o terceiro maior produtor de tomates do país, perdendo apenas para Goiás, que representa 31,86% da produção brasileira, e São Paulo (16,45%). A fatia de mercado atendida pelo Estado chega a 12,89%.

 

Por ser um produto sensível às variações climáticas e ao transporte, a produção é destinada somente ao mercado interno. Os principais mercados atendidos pelos produtores são Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e a região Nordeste do país.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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