Estiagem pode afetar produção de café arábica

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Atraso na floração de cafezais pode piorar a qualidade do grão na colheita do ano que vem


A estiagem prolongada em ao menos duas regiões produtoras de café arábica pode afetar a florada dos pés e prejudicar a próxima safra.
Com a colheita 90% concluída, os cafeicultores se preocupam com a falta de chuva nos próximos dias.

A estiagem, que dura cerca de dois meses na Alta Mogiana, interior paulista, e no Cerrado Mineiro, em Minas, preocupa cooperativas.
A floração dos cafezais para a colheita do ano que vem deve ocorrer até meados de setembro deste ano.

"A cada semana que passa sem chuva, a perspectiva de produção fica reduzida", disse João Toledo, diretor-presidente da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas) em Franca.
Para Francisco de Assis, da Federação do Cerrado Mineiro, a lavoura já sente o impacto de 100 dias de estiagem.
"Acendeu a luz amarela e esperamos uma chuva significativa até a segunda quinzena de setembro", disse.

De acordo com Assis, mesmo com a irrigação não é possível reproduzir o clima de chuva, de temperaturas amenas e mais umidade no ar.
O atraso na floração pode afetar a qualidade do grão do café para a próxima safra, de alta produção. Isso em um contexto de alta demanda no mercado internacional, com preços do arábica elevados.

A forte demanda do produto, provocada pela quebra de produção da Colômbia, pressiona os preços. Além de usado na indústria de torrefação, ele também compõe doces, sorvetes e outros produtos.

O índice de preços do Cepea, centro de estudos da USP, fechou a R$ 512,39 a saca de café arábica 60 kg anteontem -número 53% acima do praticado no ano passado e 105% em relação ao mesmo período de 2009.


QUEBRA DE SAFRA

Cooperativas de cafeicultores ouvidas pela Folha indicam que neste ano haverá quebra da safra de café arábica além do previsto para um ano de baixa produção.
Na Alta Mogiana a quebra é de 30%, e no Cerrado Mineiro, cerca de 15%.
Mas o conilon teve rendimento 10% acima do esperado, disse Antônio Joaquim Neto, presidente da Cooabriel, cooperativa de cafeicultores no Espírito Santo. O grão, diz, é mais resistente às variações climáticas.


Veículo: Folha de S.Paulo


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