A falta de treinamento para melhorar a produtividade do setor supermercadista virou questão alarmante, com um "apagão de mão de obra qualificada" estimado em 100 mil vagas no setor, gerado pela abertura de novas lojas e pela expansão de unidades já estabelecidas. É o que estima o presidente da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), Sussumu Honda, ao projetar que atualmente há cerca de 1 milhão de pessoas empregadas diretamente na área.
Afora a questão da qualificação, Honda ressalta o início de uma maior atenção para a utilização de novas tecnologias no setor, entre as quais está a implantação da etiqueta eletrônica, como forma de melhorar o atendimento. De acordo com ele, os supermercados de todo o País já estudam a implantação do sistema, que substitui as etiquetas de papel. "Essa é uma tecnologia que vai ser massificada no Brasil. O custo das etiquetas eletrônicas é coerente."
Apesar de as questões darem sinal de alerta e estarem na ordem do dia no segmento, e o setor é um dos mais otimistas este ano. Mesmo diante da desaceleração da economia, que já obrigou grandes redes varejistas a revisarm para baixo suas projeções para os próximos três meses, diz estudo do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), os supermercados devem seguir crescendo. "Tudo indica que 2012 será muito parecido com 2011, mesmo se se considerar a existência de um cenário externo de recessão e redução das importações", aponta Tiaraju Pires, superintendente da Abras. Aumento da massa salarial, menor nível de desemprego e entrada de novos consumidores das classes D e E são alguns indicativos da previsão.
Veículo: DCI