Abre revisa para baixo previsão de expansão da produção do setor

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A perspectiva de crescimento da indústria de embalagens recuou para 1% este ano ante uma previsão de quase 2% de expansão no início do ano. De acordo com a diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), apesar dessa aparente desaceleração do setor, no entanto, o novo indicador está dentro do padrão em função da maturidade do setor.

"O segundo semestre foi marcado por um desaquecimento entre julho e setembro e projetamos uma recuperação na segunda metade desse semestre, justamente pela sazonalidade com o Dia da Criança e o Natal", disse a executiva. "A redução da perspectiva de crescimento acompanha a média do setor nas últimas décadas, por isso, é preciso ressaltar que ainda temos crescimento em relação ao ano anterior, mesmo com as medidas de contenção do consumo ", completou a diretora da entidade.

A previsão da Abre é de que o setor movimente algo em orno de R$ 45,6 bilhões, alta de 10,9% ante o resultado de 2010. Essa projeção está melhor do que a própria entidade estimava no ano passado. De acordo com os prognósticos feitos ao final de 2010, o setor de embalagens, em receita líquida deveria fechar 2011 com um crescimento um pouco mais modesto, com cerca de R$ 44 bilhões, 7% a mais do que o registrado no ano de 2010.

No primeiro semestre do ano, segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a produção física de embalagens cresceu 2,98% em relação ao mesmo período de 2010. No primeiro trimestre, a taxa de crescimento alcançou 5,01%, enquanto, no segundo, caiu para 0,98%. Esse número representa uma expansão de 4,18% entre junho de 2010 e junho de 2011 (12 meses). No consolidado de 2010, o setor aumentou a produção em 10% ante 2009.

Apesar dessa desaceleração, o estudo da FGV aponta que 40% das indústrias pesquisadas devem fazer investimentos para expandir a capacidade produtiva, 36% prevê investimentos para aumentar a eficiência produtiva e 13% prevê investimentos para substituir máquinas e equipamentos. Somente 11% das indústrias não preveem um programa de investimentos para aumento da produção.

O levantamento da entidade apontou que o nível de utilização da capacidade instalada registrou queda de 2,8 % em julho de 2011, se observado o mesmo período do ano anterior, com capacidade instalada de 86,2 % em julho de 2011. Na primeira metade do ano as exportações do setor aumentaram 24,99 % em receita. As importações de embalagens vazias tiveram um acréscimo de 20,25%.


Veículo: DCI


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