Estratégia é que venda pela web passe a pautar a expansão das lojas físicas.
A migração da Onofre do varejo tradicional para o comércio eletrônico tomará corpo a partir deste mês, quando entra no ar o novo site da drogaria, o Onofre em Casa, com design mais leve e um blog com dicas de saúde. Um aplicativo para iPhone, que permitirá a compra de itens de farmácia e perfumaria a partir de uma lista predefinida.
E será a estratégia de venda pela web que pautará a expansão das lojas físicas. Cada mercado novo vai ganhar apenas uma unidade, que funcionará como centro de distribuição para os itens que os clientes pedem de casa. A companhia negocia 15 pontos comerciais em cidades de 300 mil a 500 mil habitantes do interior do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Para ganhar espaço nas novas localidades, a empresa aposta numa promessa agressiva: entrega em até 30 minutos ou desconto no valor da compra. Em São Paulo, o período de entrega para um raio de 70 quilômetros a partir do centro de distribuição, na Praça da Sé, é de quatro horas.
O delivery das vendas online da Onofre, além de rápido, será especializado, garante Marcos Arede, que ocupa o cargo de diretor comercial. Toda a equipe de comércio eletrônico, incluindo o pessoal de logística e atendimento, será composta por funcionários próprios.
De acordo com o empresário, todos os motoboys terão treinamento de balconista de farmácia: poderão, ao chegar à residência do consumidor, dar explicações sobre produtos e até aplicar injeções. A companhia testa ainda um serviço em que o call center da Onofre em Casa lembrará clientes do horário dos remédios. "Quando a pessoa esquece, compromete a própria saúde - e nós deixamos de vender", diz Arede, resumindo a lógica da iniciativa.
Enquanto arquiteta o novo perfil de seu negócio, Arede tem em mente as cifras das grandes "pontocom" americanas: "Hoje, a Amazon vale quase tanto quanto o Walmart, que tem 9 mil lojas físicas." Na última semana, beneficiada pelo lançamento do novo Kindle, o valor de mercado da gigante de e-commerce superou US$ 105 bilhões, enquanto a varejista tradicional contabilizava US$ 177 bilhões.
Veículo: Diário do Comércio - MG