Postos de combustíveis 'culpam' distribuidoras por preço alinhado

Leia em 1min 30s

Estudo tenta mostrar aos consumidores que setor não é responsável por variações nos valores

Levantamento feito a pedido de sindicato aponta a concentração no setor de distribuição como um dos problemas

Para tentar mostrar aos consumidores que o setor não é responsável pelos picos de preço, o sindicato dos postos de combustíveis de Ribeirão Preto encomendou um estudo que acabou por transferir a "culpa" às distribuidoras.

A pesquisa, contratada pela sede do Sincopetro (sindicato dos postos) em Ribeirão, foi apresentada ontem, após quatro meses de estudos.

O relatório do trabalho responsabiliza diretamente as distribuidoras, acusadas na pesquisa de regular o mercado através da "imposição" de aumentos de preços.
Apesar dos resultados, o sindicato informa que "o objetivo não é culpar ninguém nem criar problemas". "[Queremos] Mostrar a realidade do setor em Ribeirão", disse o presidente regional do Sincopetro, Oswaldo Manaia.
O documento também afirma que, diante da concentração de empresas de distribuição de combustível no país, elas "acabam provocando, mesmo que indiretamente, o alinhamento de preços".

O estudo foi feito pelos economistas Francisco Pinghera e Sérgio Nalini, ex e atual secretário da Fazenda de Ribeirão, respectivamente, e pelo diretor do Instituto de Economia da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão), Vicente Golfeto.
Os pesquisadores avaliaram 750 notas fiscais de compra de combustíveis e balancetes de postos de Ribeirão.

Uma das práticas que eles afirmam ter encontrado é o aumento de preços em forma de "conta-gotas" por parte das distribuidoras.
As altas, segundo o estudo, ocorrem com pequenos percentuais e em espaços curtos de tempo, às vezes de forma diária. "A distribuidora solapa a lucratividade [dos postos]", afirmou Nalini.

A divulgação do estudo causou mal-estar dentro do próprio sindicato de postos.
O presidente estadual do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, disse que não dá para culpar as distribuidoras.
Segundo Gouveia, alinhamento de preços é o mesmo que cartel, e isso não ocorre em nenhuma fase da cadeia de combustíveis.



Veículo: Folha de S.Paulo


Veja também

Central de compras foi embrião da rede Dimed Panvel

Amizade e interesses econômicos entre os diretores das duas redes de farmácia foram fundamentais para a uni...

Veja mais
Shopping será aberto perto do Itaquerão

Empreendimento terá como foco a classe C e começa a ser construído em janeiroAtenta à demand...

Veja mais
Redes Yogoothies e Dia lançam novas lojas em SP

Uma nova loja da Yogoothies, empresa franqueadora especializada em frozen yogurt (iogurte congelado), chegará a S...

Veja mais
Brasil Foods mantém investimento de R$ 2 bi

A Brasil Foods planeja investir R$ 2 bilhões para dobrar sua atual receita e chegar a R$ 50 bilhões em 201...

Veja mais
Preço da celulose ficará no vermelho

Nem mesmo as perdas bilionárias no terceiro trimestre do ano de Fibria e Suzano, em decorrência da varia&cc...

Veja mais
Argentina venderá mais trigo

O Ministério de Agricultura da Argentina pretende autorizar, na próxima semana, a exportação...

Veja mais
Captação de leite deve subir 3,5% em MG

Silemg prevê produção maior no último trimestre do ano no Estado com o início do per&i...

Veja mais
Balanço da Whirlpool decepciona os analistas

Apesar da forte alta no lucro, vendas da detentora das marcas Brastemp e Consul cresceram menos do que o esperado. A Wh...

Veja mais
Cooperouro prevê aportes de R$ 13 mi em Ouro Preto

Pelo menos R$ 13 milhões serão investidos pela Cooperativa de Consumo dos Moradores da Região dos I...

Veja mais