Comércio em rede social deve aumentar a participação do setor
O Brasil movimenta atualmente R$ 3 bilhões em anúncios na internet -cerca de 10% do total do bolo publicitário no país.
O volume ainda é pequeno quando comparado ao de países maduros no uso da rede -como os EUA e o Reino Unido, nos quais a participação vai de 15% a 25%.
A expectativa das empresas, no entanto, é que o volume aumente com a adesão de mais brasileiros à internet e também com a intensificação das redes sociais no comércio eletrônico.
"O mercado de anúncios na internet tem mais potencial do que o de TV e é apenas questão de tempo para que amadureça, principalmente com a massa de usuários que chegará depois do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga)", disse ontem Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, durante evento da revista "The Economist", em São Paulo.
Hoje, 35% das residências do país têm computadores. Do total de lares, somente 27% têm conexão à rede segundo o CGI (Comitê Gestor da Internet), que regula o setor no Brasil.
Com a disseminação do PNBL, que promete internet de até 1 Megabit por segundo (Mbps) por preços entre R$ 29 e R$ 35, a expectativa é que o alcance chegue a 80%.
Na avaliação de Coelho, do Google, essa tendência deve gerar uma onda favorável nos anúncios on-line e incrementar sua participação sobre o bolo total de publicidade.
O Brasil tem hoje 77,8 milhões de usuários de internet, segundo dados do Ibope Nielsen referentes ao segundo trimestre. Desse total, 67% usam as redes sociais atualmente.
Para o CGI, o alcance desses sites vai chegar, até 2014, próximo a 100% de usuários que navegarão via computadores ou celulares.
"A próxima onda das redes sociais envolverá o consumo. O brasileiro já se mostrou interessado no comércio eletrônico e a união das duas coisas ocorrerá rapidamente", disse Coelho.
Com 27 milhões de e-consumidores no país, a expectativa é que o comércio eletrônico chegue a R$ 20 bilhões em 2011.
Veículo: Folha de S.Paulo