M. Dias Branco vislumbra novas aquisições

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A confirmação oficial da compra da Mabel pela PepsiCo do Brasil poderá definir um novo patamar de preços para aquisições no setor de massas e biscoitos, segundo Geraldo Luciano Mattos Júnior, vice-presidente de investimentos e controladoria da M. Dias Branco.

Nesta semana, informações veiculadas pela imprensa deram a transação como certa a um valor de R$ 800 milhões, mesmo ainda sem a ratificação das companhias envolvidas. "É especulação", garantiu ontem o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), sócio-majoritário do Grupo Mabel, em entrevista ao Valor.

Durante a teleconferência de resultados da M. Dias Branco realizada ontem, Mattos Junior afirmou que a companhia "continua ativa no processo de aquisições", enquanto se prepara também para crescer organicamente. Nos últimos anos, a empresa comprou as concorrentes Adria, Vitarella e, em abril, a Pillar, por R$ 69,9 milhões.

"Nossa política de aquisições permanece conservadora. Fica sempre bastante claro para os nossos acionistas o quanto a empresa adquirida nos agrega em valor", afirmou o executivo, que também é diretor de relações com investidores da M. Dias Branco.

Ao final de outubro, a companhia tinha um saldo de caixa de R$ 133, 9 milhões. O montante é 146% maior do que a M. Dias Branco tinha em 31 de dezembro de 2010 - R$ 54, 4 milhões.

Segundo o Mattos, o setor de massas e biscoitos vem sendo alvo de interesse de grandes atores internacionais. "Isso mostra o quanto o ramo está atrativo e resulta numa concorrência saudável", disse aos analistas. Somente no ano passado, o segmento movimentou R$ 6,6 bilhões, de acordo com dados da Nielsen.

No terceiro trimestre, o lucro da M. Dias Branco caiu 7% frente a igual período do ano passado, para R$ 88,9 milhões. A companhia registrou recorde de vendas no período, mas a última linha do balanço foi afetada pela pressão de custos causada pela alta de suas principais matérias-primas: trigo e óleo vegetal.

Mattos explicou que a estratégia da empresa é sempre ter estoque de trigo para três meses. Mas entre julho e outubro, o preço da commodity caiu e como resultado disso, o valor médio do trigo consumido pela companhia no período ficou quase 10% acima do praticado pelo mercado. "Acreditamos que no quarto trimestre o trigo deverá pesar menos no nosso resultado final", afirmou.



Veículo: Valor Econômico


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