Os primeiros sinais de queda do otimismo no setor de shoppings e no varejo para o Natal começam a se refletir na expectativa de emprego.
A previsão de que uma parte dos trabalhadores temporários contratados para o final de ano será efetivada foi revisada para baixo, de 29% para 20%, segundo a Asserttem (associação de empresas de serviços terceirizáveis e trabalho temporário).
"A crise mundial acaba impactando um pouco o ânimo do consumidor. Ele fica mais seletivo, se preocupa mais com as despesas. O governo tomou recentemente novas medidas para o crédito, mas o resultado não é imediato", afirma Vander Morales, presidente da Asserttem.
A previsão para o preenchimento de cerca de 150 mil vagas temporárias, entretanto, ainda está mantida.
A região Sudeste vai liderar o número de contratações de temporários neste Natal, mas é no Nordeste que deve ficar o maior índice de preenchimento posterior das vagas.
"O Nordeste vai ter uma proporção maior de efetivação pelo momento econômico, com maior carência de mão de obra e menor exigência de qualificação", diz.
Quase 50 mil vagas ainda estão abertas para a sazonalidade do Natal. São cerca de 41 mil postos no comércio e 9.000 na indústria.
Para este ano, a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) estima crescimento menos intenso nas vendas de dezembro do que no ano passado.
Veículo: Folha de S.Paulo