Aumento de custos e demanda menor afetam segmento têxtil

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Destoando da maior parte dos setores industriais, o segmento têxtil registrou queda de 9,4% no faturamento real neste ano até outubro, na comparação com igual período do ano passado. A produção, por sua vez, caiu 14,9%, a maior queda no ano dentre os 27 setores pesquisados pelo IBGE.

 

Segundo representantes do setor, o principal problema enfrentado é o aumento dos custos com matéria-prima e o desaquecimento da demanda, que não permitiram repasses maiores de preços e trouxeram o faturamento, em termos reais, para o campo negativo. Nos 12 meses encerrados em outubro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), indicador do IBGE que mede a evolução dos preços "na porta da fábrica", acumula alta de 8,05%. Os produtores dizem que o custo da matéria-prima disparou a partir de 2010, com o algodão chegando a subir, em fevereiro deste ano, 40% em 12 meses. Os reflexos foram sentidos em toda a cadeia, afetando até os importados.

 

Para Renato Jardim, gerente da área internacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), por "uma questão de mercado", a indústria passou a produzir menos em 2011, com o desaquecimento do consumo, mas teve que reajustar preços para se adequar aos custos maiores.

 

Na manufatura têxtil, que abrange linhas e tecidos, a situação é mais delicada. A participação dos importados era de 31,3% do consumo aparente (produção mais importação, menos exportações) nos 12 meses até setembro, segundo o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI). Já no segmento de vestuário, os produtos vindos de fora detinham uma fatia de 8,5% do consumo aparente no mesmo período.

 

Veículo: Valor Econômico


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