MG: Varejo contabiliza perdas neste mês

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Muitas empresas optam pela liquidação para contornar a queda nas vendas.



As lojas do Atacado Brasileiro da Construção (ABC), localizadas na Zona da Mata e Sul de Minas, estão colocando uma série de produtos em promoção para tentar atrair o consumidor que anda afastado neste mês. Esta foi também a alternativa das Cerâmicas Nacionais Reunidas (CNR), de Belo Horizonte, que está começando uma liquidação para contornar a queda nas vendas.

Janeiro é um período tradicionalmente fraco para quem vende material de construção, mas este ano a chuva ajudou a comprometer ainda mais os negócios. Só não sofrem muito as empresas que mexem com material de acabamento. Essas têm a expectativa de incrementar os negócios até o início de fevereiro, desde que o tempo ajude e o consumidor continue disposto a reformar ou recuperar os danos gerados pelas águas que caem sobre o Estado desde o início de dezembro.

"Nossas lojas de Ubá, Cataguases e Muriaé estão vazias, os clientes não entram. Todo ano é isso, mas 2012 está pior na região, as chuvas estão atrapalhando muito", afirma o diretor-presidente do ABC, Tiago Mendonça.

O grupo ABC é de Juiz de Fora, tem 24 lojas em 14 cidades de Minas. A saída encontrada pelo diretor foi colocar em oferta materiais como telhas, tinta, peças de banheiro e outros procurados por quem tem que refazer tudo aquilo o que a água danificou. "Enquanto o desastre está na mídia não vendemos nada, os negócios só melhoram depois, na hora da reconstrução", explica. A expectativa é salvar as vendas assim que janeiro passar e levar junto a chuva.

Retração - Enquanto isso não acontece, o jeito é atrair o consumidor com preços mais convidativos. "Dezembro e janeiro não são meses bons para vender material de construção, mas não tão ruim como 2012", lamenta Cristiano Lana, diretor comercial da CNR.

Na primeira dezena de janeiro, segundo o diretor, as vendas estão 18% menores do que as realizadas no mesmo período de 2011. "Até para fazer estregas está ruim", lembra, o que fez com os negócios com o interior tivessem queda ainda maior, de 25%. "Estamos esperando a água baixar para ver se janeiro finalmente começa", comenta o diretor.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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