Mercosul Line fará escala em Sepetiba

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A Mercosul Line (armador local que faz transporte aquaviário de contêineres, pertencente ao grupo dinamarquês A. P. Moller Maersk), prevê para 2012 um crescimento de 20% de suas operações, segundo informações obtidas com exclusividade pelo DCI. A partir de 22 de janeiro o leque de serviços da companhia se expandirá: a Mercosul Line começará nesta data a fazer escala no Porto de Sepetiba (RJ), utilizando o Terminal Tecon Sepetiba.

Com isso o atendimento aos clientes da companhia será aprimorado, devido à localização estratégica deste complexo. Com esta alteração, a Mercosul Line manterá o Porto de Pecém (CE) exclusivamente para descarga no corredor Santos (SP) - Pecém. A transportadora passará a ter, então, mais opções de atendimento, atingindo os principais portos do País: Santos (SP), Paranaguá (PR), Itajaí (SC), Sepetiba, Vitória (ES), Suape (PE), Pecém (CE) e Manaus, com possibilidade de novas escalas serem incorporadas ao serviço. Há poucos meses a empresa já abrira outro ponto de atracação: ela incluiu, no final de agosto, Vitória em sua rota de descida. As escalas que passaram a ser usadas foram as semanais, com chegadas aos domingos.

TEUs

Em 2011 a empresa movimentou aproximadamente 100 mil TEUs (1 TEU equivale à capacidade de um contêiner de 20 pés) - 16% a mais do que em 2010, ano em que registrou o transporte de 73 mil TEUs de carga. Roberto Rodrigues, presidente da Mercosul Line, explica que esse volume é reflexo do crescente interesse das empresas pelo modal aquaviário, sobretudo dos setores de eletrônicos, embalagens de PET, duas rodas e refrigerados. Outro fator que incrementou os negócios da companhia no ano passado foi a movimentação de cargas feeder (que são as de importação ou exportação transportadas ao largo da costa brasileira - a chamada navegação de cabotagem).

"Para 2012, nossa previsão é que cresceremos principalmente na chamada rota de descida [das Regiões Norte e Nordeste para a Região Sul do Brasil], com produtos dos segmentos têxtil, calçadista, de eletrônicos, automobilístico e de autopeças", revela Rodrigues. E ele comemora: "O aquecimento do mercado interno nacional se refletiu positivamente no setor de cabotagem. Eletrodomésticos da linha branca e eletrônicos têm sido segmentos com grande participação em nossa carteira de clientes, além da carga de resina plástica [PET] e materiais de construção - estes, nas cargas de subida para abastecimento do mercado do norte e do nordeste".

Ranking

A vinda de novos clientes anima a companhia: "Grandes empresas vêm migrando para movimentar sua carga por via marítima, e isto gera muitas oportunidades para a cabotagem da Mercosul Line", enfatiza o executivo.

Neste ano os portos brasileiros devem movimentar, pela primeira vez em sua história, o volume de um bilhão de toneladas de carga. Isto corresponderá a um aumento de 12,3% em cima de 2011, de acordo com estimativas da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Na esteira deste número recorde, várias mudanças devem se dar: o Rio de Janeiro, por exemplo, muito provavelmente se alçará à liderança do ranking dos estados com maior movimentação de carga marítima do País, desbancando o Espírito Santo. Hoje o Rio está na segunda colocação deste mesmo ranking, logo à frente do Estado de São Paulo. Parte deste crescimento se deve aos investimentos que vêm afluindo em massa para a construção de mais instalações desse tipo. Diversas empresas anunciaram novos terminais, como os Portos Sudeste, em Itaguaí, e Açu, no norte fluminense - ambos do grupo do empresário Eike Batista -, além de projetos da Petrobras, da Gerdau e da CSN. Ainda assim, distorções permanecem: 61% da carga nacional são atualmente transportados pelo modal rodoviário, 21%, pelo modal ferroviário, e apenas 14% pelo aquaviário.

Cabotagem

Vale frisar que a navegação de cabotagem vem crescendo nos últimos anos e é uma alternativa mais barata do que a navegação de carga por alto-mar. "A cabotagem é uma excelente opção, que oferece um custo mais eficiente além da redução de emissão de CO2 no planeta", diz Rodrigues.

"A demanda pela redução de custos está levando os empresários a procurar novas opções de transporte para seus produtos, menos caras que as atuais mas sem comprometer a qualidade e a segurança dos produtos. E notamos que muitas companhias estão direcionando suas cargas para o transporte marítimo da cabotagem." A empresa lembra que se preocupa com a sustentabilidade de suas operações: o combustível e os lubrificantes que usa têm baixo teor de enxofre, a tinta que emprega para reparos não leva chumbo e os tanques de combustível dos navios são protegidos internamente com o objetivo de reduzir ao máximo a chance de vazamento de óleo.

O executivo finaliza: "Nosso principal foco para o ano de 2012 é o cliente. Estamos investindo em tecnologias para continuarmos empenhados em prover a todos os nossos clientes o melhor produto do mercado de cabotagem no Brasil, bem como o mercado do River Plate. E vamos investir cada vez mais para contribuir com o crescimento da cabotagem em nosso país."


Veículo: DCI


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