Vendas em alta na Rússia, no Reino Unido e na América Latina não foram capazes de sustentar os resultados do grupo alemão Beiersdorf, fabricante dos cremes Nivea. A empresa anunciou ontem uma queda de 21% em seu lucro líquido em 2011, para € 259 milhões (o equivalente a US$ 336 milhões).
As vendas nominais da companhia cresceram 1,1% em 2011, na comparação com 2010, para € 5,63 bilhões (US$ 7,31 bilhões). O relatório é preliminar. A versão auditada, com o detalhamento dos resultados do último trimestre, será divulgada pela empresa no dia 1º de março.
Quando se considera apenas o segmento de consumo, as vendas ficaram praticamente estáveis, em € 4,7 bilhões. No relatório de resultados, a empresa disse ter observado diferenças substanciais de um país para o outro. "Os negócios no Reino Unido e na Rússia foram extremamente positivos, enquanto as vendas em outros países da Europa não correspondem aos níveis do ano anterior", diz o relatório.
A Beiersdorf também considerou que o crescimento no segmento de consumo foi "particularmente forte" na América Latina. O avanço foi mais moderado na África, na Ásia e na Austrália, devido, segundo a empresa, ao impacto de uma reestruturação dos negócios na China.
Além de Nivea, mais popular, a Beiersdorf vende a marca de luxo La Prairie, de cremes anti-idade, e Eucerin, de dermocosméticos. Fora do segmento, a empresa atua com a marca Tesa, de produtos adesivos, que teve crescimento mais expressivo em 2011, de 7,3%, para € 937 milhões. (LS)
Veículo: Valor Econômico