Os citricultores paulistas erradicaram 5,2 milhões de pés de laranja em 2011, por causa do greening. A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura de São Paulo informou ontem que os produtores paulistas erradicaram 2,9 milhões pés no semestre passado, ou 1,23% dos 235,3 milhões de árvores. No semestre anterior, 2,3 milhões de plantas já haviam sido erradicados, segundo Euclides de Lima Moraes Filho, diretor do grupo de defesa sanitária vegetal da CDA.
A eliminação de plantas contaminadas com greening é obrigatória por lei, bem como a realização, pelo citricultor, de vistorias nos pomares, procedimentos que devem ser relatados à CDA por meio de relatórios semestrais. Entre julho e dezembro de 2011 foram entregues 17.906 relatórios, ante 19 mil no primeiro semestre de 2011. "Além dos produtores que não entregaram no segundo semestre, é possível que existam algumas propriedades em duplicata; mas vamos investigar isso nas 40 regionais, da CDA", disse Moraes Filho.
O coordenador classificou de "preocupante" o avanço do greening no Estado de São Paulo porque a doença, causada por uma bactéria e transmitida por um inseto (Diaphorina citri), é incurável e atinge todas as variedades de plantas cítricas. "É a doença mais problemática da citricultura, e a forma mais eficaz de combatê-la é retirar a planta infectada e ainda fazer o controle químico do inseto", disse.
Segundo a CDA, as regiões administrativas com maior percentual de plantas eliminadas devido ao greening foram a de Ribeirão Preto, com 4,31% dos 2,9 milhões de plantas erradicadas no segundo semestre, Araraquara (3,11%) e Limeira (3,05%).
Veículo: DCI